Roupa repelente feita por cientista africano pode ser arma contra malária

Tecido seria mais eficiente que repelentes

 aplicados diretamente na pele.


Doença transmitida por mosquito mata cerca de

 650 mil por ano.

 A parceria entre um cientista e uma estilista da África levou ao desenvolvimento de uma roupa que repele o mosquito transmissor da malária. A doença é um problema sério de saúde pública no continente, e mata cerca de 650 mil pessoas por ano, segundo estimativas.
Assim como a dengue, a malária é uma doença tropical transmitida por mosquitos. Os insetos do gênero Anopheles picam o ser humano e podem passar os protozoários Plasmodium, causadores da doença. A malária provoca febre, dores nas articulações e pode levar à anemia e, em alguns casos, à morte.


Modelo desfile com a capa desenvolvida contra a malária (Foto: Mark Vorreuter/Divulgação) 



O tecido projetado pelo queniano Frederick Ochanda, professor da Universidade Cornell, em Ithaca, nos Estados Unidos, é mais eficiente que os repelentes usados na pele, porque dura mais.

O pesquisador recorreu à nanotecnologia. Ele usou compostos que integram metais e moléculas orgânicas e conseguiu carregar o tecido com grande quantidade de substâncias repelentes. O novo tecido recebe até três vezes mais inseticidas do que as redes normalmente usadas para afastar mosquitos nas casas africanas – essas redes duram cerca de seis meses.
Matilda Ceesay, estudante de moda da mesma universidade, desenhou a capa, que foi apresentada em um desfile no campus, no fim de abril. Ceesay nasceu em Gâmbia.
No futuro, os dois esperam que o tecido sirva para levar a novas tecnologias contra a malária. Ochanda pretende desenvolver um tecido que possa responder a mudanças de temperatura ou de luz. Dessa forma, seria possível reforçar a proteção à noite, que é quando os mosquitos buscam comida – e picam mais.
“Um objetivo da ciência em longo prazo é encontrar soluções para ajudar a vida e a saúde humanas, então esse projeto é muito gratificante para mim”, afirmou Ochanda, em material de divulgação da universidade.


Site: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/05/roupa-repelente-feita-por-cientista-africano-pode-ser-arma-contra-malaria. 

Enfermeiros fazem greve de fome em frente ao Ministério da Saúde

Previsão do grupo é passar 30 dias acampado

 em greve de fome.


Ministério informou que uma comissão foi 

criada para avaliar reivindicações.

 

 

Cerca de 30 enfermeiros estão em greve de fome desde a manhã desta terça-feira (8) em frente à sede do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministério, em Brasília. Segundo os manifestantes, a categoria pretende ficar sem se alimentar por 30 dias, até que a pasta analise um projeto de regulamentação da jornada de trabalho, o aumento do piso salarial e envie o projeto para votação em plenário no Congresso Nacional.
De acordo com uma coordenadora do movimento, Solange Caetano, filiada à Federação Nacional dos Enfermeiros ( FNE), o salário médio dos enfermeiros no país é de R$ 2,5 mil e a ideia é reajustá-lo para R$ 4,8 mil ainda neste ano.

“Hoje a categoria trabalha em média 44 horas por semana e esta jornada não é regulamentada. Queremos a regularização em lei e o cumprimento de 30 horas semanais. Nossa categoria é formada em 84% por mulheres que, geralmente, têm de sustentar a família”, disse.
Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde informou que a exigência da regulamentação da jornada de trabalho e o aumento no piso salarial são responsabilidades do Congresso Nacional, pois se referem a projetos de lei. A pasta informou ainda que foi criado um grupo de trabalho para avaliar as mudanças da jornada de trabalho nos sistemas de saúde do país, tanto público quanto privado.


Enfermeiros acampam em frente ao Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministéiros, para reivindicar aumento do piso salarial e regulamentação da jornada de trabalho (Foto: Filipe Matoso/G1)



O movimento montou o acampamento como forma de pressionar o ministro Padilha na assinatura do parecer favorável às reivindicações da categoria. “A gente só pode levar nossas reivindicações ao Congresso após o ministério dar o parecer favorável às nossas reivindicações”, completou.

Dois enfermeiros que participam da greve de fome chegaram a passar mal na manhã desta quarta-feira (9). Ele tiveram que receber auxílio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e estão sendo acompanhados pela equipe médica do acampamento.

VACINAÇÃO CONTRA GRIPE



'Dia D' da vacinação contra a gripe é neste sábado (30), em Curitiba (Foto: Divulgação)



Neste sábado (5), começou a 14ª edição da Campanha de Vacinação Contra a Gripeem todo o país. A vacinação acontece até o dia 25 de maio em 65 mil postos de saúde, além de postos móveis que serão instalados durante a campanha. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 80% de 30,1 milhões de pessoas consideradas vulneráveis à manifestação grave da gripe.
Semelhante à campanha do ano passado, devem se vacinar nesse prazo idosos, crianças de seis meses a menos de dois anos, grávidas, indígenas e profissionais de saúde.
A dose trivalente imuniza contra  gripes sazonais e a influenza A (H1N1), popularmente conhecida como "gripe suína".
A novidade deste ano é que cerca de 500 mil detentos também tomarão a vacina. A medida visa a evitar a proliferação da doença entre a população que vive aglomerada, já que o vírus da gripe é de fácil transmissão.
Doentes crônicos e imunodeprimidos, como portadores do HIV, também poderão ser vacinados mediante apresentação de receita médica em qualquer posto de saúde.
A mesma vacina também pode ser encontrada em laboratórios particulares, onde podem recorrer as pessoas fora do grupo priorizado pela campanha. Nestes locais, a vacina pode ter grande variação de preço, de R$ 50 a R$ 119.
"Qualquer indivíduo maior que seis meses pode receber a vacina contra a gripe, a não ser que já tenha apresentado uma reação alérgica grave à vacina ou algum de seus componentes. Deve-se evitar também a vacinação em pessoas que estão com doenças agudas febris moderadas ou graves, nestes casos recomenda-se adiar a vacinação até a melhora do quadro", afirmou Claudia Figueiredo Mello, infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, localizado em São Paulo.
Abaixo, tire suas dúvidas sobre a vacina e sobre gripe com informações do Ministério da Saúde e da coordenadora de imunizações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Helena Sato.

1) Contra quais gripes a vacina protege?

Para 2012, a vacina influenza é trivalente. Isto é, composta por três vírus inativados: vírus similar ao vírus influenza A (H1N1), vírus similar ao vírus influenza A (H3N2) e vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane. Ela protege contra as formas mais comuns da gripe nesta temporada e contra o vírus da gripe A (conhecida popularmente como "gripe suína").


2) Quem deve tomar a vacina?

Na Campanha Nacional de Vacinação de 2012, a vacina contra gripe estará disponível gratuitamente para:

- pessoas acima de 60 anos;
- crianças de 6 meses a menores de 2 anos;
- gestantes
- trabalhadores das unidades de saúde que fazem atendimento aos pacientes com o vírus da gripe;
- indígenas;
- detentos;
- pacientes com doenças crônicas e imunodeprimidos que apresentarem receita médica em qualquer posto de saúde.



3) Por que o Ministério da Saúde priorizou esses grupos?


Estudos indicam que alguns grupos da população, principalmente idosos, grávidas e crianças pequenas, correm mais risco de ter complicações em decorrência da gripe, como uma pneumonia, e morrer pela doença.


4) Onde será realizada a vacinação?

Em 65 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) espalhados pelo país. Estes postos estão situados em Unidades Básicas de Saúde.


5) Quem se vacinou no ano passado, precisa se vacinar de novo?

Sim, já que a imunidade contra a gripe dura até um ano após tomar a vacina. E também porque a sua composição é feita conforme os vírus que circularam no ano anterior.


6) O que é influenza?

A "influenza" é o nome científico do vírus da gripe. É uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de alta transmissão, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, comuns no outono e inverno.


7) Gripe e resfriado são a mesma coisa?

Não. A gripe é uma doença grave, contagiosa, causada pelos vírus Influenza (tipos A, B e C). O resfriado é menos agressivo e de menor duração, causado pelo Rhinovírus (com seus vários tipos), sendo que a transmissão entre as pessoas se dá através das vias respiratórias.

Os sintomas da gripe muitas vezes são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, coriza, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor no corpo e na cabeça. Mas, enquanto a gripe deixa a pessoa de cama, geralmente o resfriado não passa de tosse e coriza. A vacina não protege contra resfriados.

8) Quais os meios de transmissão dos vírus da gripe e do resfriado?

A transmissão ocorre quando as secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada são transmitidas para outra por meio da fala, da tosse, do espirro ou pelo toque, levando o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz do receptor.


9) A vacina contra gripe imuniza contra resfriado? 

Não. A vacina influenza protege contra os vírus da Influenza que estão circulando no país e pode mudar a cada ano.


10) A vacina tem alguma contraindicação?

A vacina não é recomendada para quem tem alergia à proteína do ovo, isto é, entre aqueles que já apresentaram forte reação alérgica pelo menos duas horas depois de comer ovo. Esse tipo de alergia é bastante rara. A vacina também é contraindicada a quem já teve reações adversas a doses anteriores a um dos componentes da vacina. Nestas situações recomenda-se passar por avaliação médica para saber se pode ou não tomar a vacina.


11) Posso ficar gripado (a) depois de me vacinar?

Não, isso é um mito. A vacina contra a influenza contém vírus mortos ou apenas pedaços dele que não conseguem causar gripe.

Na época em que a vacina é aplicada, circulam diversos vírus respiratórios diferentes, que podem não ser o da gripe em questão, e as pessoas podem acabar infectadas por não estarem ainda imunizadas.
A pessoa pode também pegar um resfriado, já que a vacina não protege contra resfriados.

12) Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?

Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação e apresenta, geralmente, duração de seis a 12 meses.


13) Fora do período da campanha é possível me vacinar?

Não pelo SUS. Após a campanha só serão vacinadas a população prisional e pessoas que apresentem condições clínicas específicas.


14) A vacina contra a gripe tem o mesmo efeito que um antigripal?

Não. A vacina previne contra a gripe e o antigripal é um medicamento usado para reduzir os efeitos causados pela doença. Mas clínicas as privadas poderão disponibilizar a vacina a toda população – inclusive para quem não faz parte do grupo prioritário – desde que as doses compradas estejam registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


15) Pessoas com doenças crônicas podem se vacinar?

Sim, mas com apresentação de receita médica. Em alguns casos, como os de pacientes com doenças neurológicas, é aconselhável a busca de avaliação médica antes de efetuar a vacinação.


16) É obrigatório apresentar a caderneta de vacinação?

Não é obrigatório, mas é necessário para atualização de outras vacinas do calendário de vacinação. Para quem não apresentá-la no momento da vacinação, será feito outro cartão para o registro, que deve ser guardado para comprovar o histórico vacinal.


17) Pessoas que usam corticoide podem ser vacinadas?

Sim, o uso não impede a vacinação.


18) Quanto tempo após a vacinação eu posso doar sangue?

Uma portaria do Ministério da Saúde de 2011 declarou que o doador fica inapto para fazer a doação pelo período de um mês a partir da data que foi vacinado contra a Influenza. Depois do prazo, pode fazê-la.