NATAL

COMO ENSINAR AOS FILHOS O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO NATAL




Aproxima-se novamente o Natal, data de confraternização, troca de presentes e encontros familiares. Época que encanta especialmente às crianças, que aguardam ansiosamente a visita do Papai Noel.

Várias histórias explicam a origem do Bom Velhinho, sendo a mais aceita a que o descreve como um bispo católico muito bondoso, chamado Nicolau, que viveu no século V. Cansado de ver o sofrimento de seu povo, especialmente das crianças, resolveu presentear a garotada com brinquedos e guloseimas, justamente na data em que os católicos comemoram o nascimento de Jesus. Assim aos poucos, nasceu a história do Papai Noel que logo foi se disseminando mundo afora.

Por isso, Papai Noel também é conhecido como São Nicolau, o santo das crianças, e seu dia é comemorado em 6 dezembro. Mesmo que ele não passe de uma lenda, simboliza a bondade, a generosidade e a renovação da vida. Atualmente, a figura do Papai Noel está presente na vida das crianças de todo mundo.

Como as crianças pequenas vivem em um mundo de fantasia até por volta dos cinco ou seis anos e como são naturalmente egocêntricas (acreditam que tudo gira em torno delas) as explicações fantasiosas que os pais lhes dão, são rapidamente aceitas, pois fazem todo sentido até essa idade.

Assim como acreditam no mundo encantado dos desenhos animados, das histórias e contos de fadas. Para elas a existência do “Bom Velhinho” que traz presentes na noite de Natal, é perfeitamente plausível. E agradável.

Para entendermos como isso acontece na mente infantil é interessante lembrarmos que entre os 2 anos e até mais ou menos os 6 ou 7 anos, as crianças vão conquistando, gradativamente, novas capacidades do pensar.

Experimentando o mundo real através da brincadeira e da imaginação, elas vão se apoderando de seu próprio pensamento. Somente depois dos 6 anos é que elas vão desenvolver gradativamente a capacidade de considerar com lógica se os fatos são verdadeiros ou fantasiosos. Importante lembrar que as fantasias das crianças até essa faixa etária, não se destinam a enganar maliciosamente: fazem parte do pensamento infantil e natural dessa idade.

Acreditar na figura do Papai Noel é quase que uma etapa saudável do desenvolvimento mental da criança, assim como também o é, crer no Coelhinho da Páscoa e nas figuras que povoam os contos de fadas. As crianças depositam nessas figuras imaginárias toda sua fantasia, que deve ser desmistificada somente à medida em que estiverem prontas para saber a verdade. Ou seja, deve-se responder às perguntas sobre a existência real ou não do Papai Noel quando a criança começar a perguntar ou demonstrar que desconfia de algo a respeito.

O ideal é comparar o Papai Noel aos heróis das historinhas, dos personagens dos contos de fadas, para que entendam que mesmo não sendo como os humanos, têm uma “vida” em nossa imaginação e coração para sempre.

Importante mesmo, é transmitir aos pequenos o verdadeiro significado do espírito de Natal, o que pode começar por volta dos 3 ou 4 anos, quando a criança começa a entender o significado maior desta data: a confraternização entre as pessoas. Logo, os pais podem e devem lhe oferecer a possibilidade de vivenciar na prática, valores como solidariedade, companheirismo e doação. As crianças podem, por exemplo, ajudar a montar a árvore de Natal, enriquecendo-a com seus enfeites, desenhos e bilhetinhos feitos por elas para essa data, assim como ceder alguns brinquedos em bom estado com os quais não brinca mais, para crianças carentes ou preparar pequenos presentes feitos por elas para seus parentes e amigos.

É importante que todos, pais e filhos, pensem no verdadeiro significado do Natal. É bom mostrar às crianças que “o que vou ganhar? deve ser trocado pelo “como posso ajudar”?

A época do Natal é uma ocasião de reflexão e crescimento para toda a família. Pensem nisso, antes de comprarem um mar de presentes que logo ficarão esquecidos em uma gaveta. Os valores transmitidos não tem prazo de validade e com certeza trarão felicidade por muito mais tempo!

Maria Irene Maluf, especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial.

DOENÇAS MAIS COMUNS DO VERÂO


Aprenda a identificar e prevenir as doenças mais comuns do verão.

Criança brincando debaixo de um sol de verão.

Quando o verão chega, algumas doenças tornam-se mais freqüentes, devido às características próprias desta estação. Exposição pronlongada ao sol, consumo de alimentos em locais de lazer, exposição a aglomerados de pessoas e vários outros fatores de risco são mais comuns no verão e exigem cuidados para prevenir doenças e garantir que a diversão não acabe mais cedo.

Aqui estão reunidas as 14 doenças mais comuns do verão, assim como maneiras de identificar e prevenir as mesmas.


Otite externa

Por ser quente, úmido e escuro, o canal auditivo se inflama com facilidade e infecções causadas por fungos e bactérias, como a otite, acontecem. A otite externa ocorre principalmente em pessoas que freqüentam praias e piscinas regularmente.

Conjuntivite bacteriana (CONTAGIOSA)

A conjuntivite bacteriana é a inflamação daquela pele transparente que recobre os olhos, chamada de conjuntiva. Ela é mais comum no verão, pois é muito fácil contraí-la ao freqüentar praias impróprias para banho e piscinas que não estejam devidamente tratadas.

Para evitar a contaminação é importante, além de não tomar banho em lugares indevidos, evitar usar toalhas de outras pessoas e entrar em contato com quem estiver com a doença, pois ela é de fácil transmissão.

Quando se contrai conjuntivite, os olhos ficam vermelhos e lacrimejantes, e há uma produção de secreção amarelada. Além disso, também são comuns fotofobia e uma sensação de que há areia dentro dos olhos.

Doenças de pele

Como o verão é a estação mais quente do ano, são comuns as idas a praia ou ao clube, o que faz com que as pessoas fiquem com a pele úmida por mais tempo, seja porque mergulharam em algum lugar, seja porque apenas estão transpirando mais que o normal. Esse excesso de umidade favorece o aparecimento das doenças de pele, que são causadas geralmente por fungos ou bactérias, a seguir está uma lista das mais comuns nessa estação:

Câncer de pele

Uma das principais causas do câncer de pele é a exposição excessiva ao Sol. As pessoas mais afetadas por essa doença são aquelas com a pele muito clara e sensível. Para se prevenir basta não tomar sol nos horários em que ele está mais forte, das 10 horas da manhã até as 4 da tarde. Além disso, é importante passar sempre filtro solar, até mesmo no dia a dia, e evitar cigarro e exposição a substâncias químicas como arsênio e alcatrão.

Os sinais mais comuns de que alguma coisa está errada são: mudanças na pele, como uma ferida que não sara ou uma pequena lesão endurecida, brilhante ou avermelhada e pintas, sinais e verrugas que crescem ou mudam de cor.

Brotoejas

As chamadas miliárias, bolinhas de água vermelhas acompanhadas de coceira, são erupções que aparecem em crianças nas regiões das dobras de pele, como o pescoço. Elas estão relacionadas à secreção das glândulas sudoríparas e aparecem por causa do excesso de calor e transpiração.

Para se prevenir, evite sol e ambientes muito quentes e não dê banhos com água muito quente nas crianças. Para acalmar a irritação misture maisena no banho dos pequenos ou passe pasta d’água nas feridas.

Acne

Durante o verão a oleosidade da pele aumenta o que favorece o surgimento de acne. Além disso, a exposição ao sol, em um primeiro momento, pode até melhorar o problema, porém, após alguns dias, há um aumento da produção sebácea o que piora a acne. Por isso, para quem sofre com esse problema o melhor mesmo é evitar se expor demais ao sol.

Candidíase

A candidíase aparece mais no verão, pois as pessoas costumam ir a praias e piscinas e não tiram o maiô, biquíni ou sunga molhados depois que voltam para casa. Isso facilita a proliferação de fungos, como o causador dessa doença, que se caracteriza pela formação de pequenos pontos vermelhos e coceira nos genitais e em mucosas, como o canto da boca.

Pano branco ou pitiríase versicolor

Essa micose é muito comum em climas tropicais. O causador dela é o fungo Ptyrosporum ovale, que existe normalmente no meio ambiente, mas que só causará problemas de saúde se tiver condições adequadas para isso. O pano branco só aparece quando a pessoa está com baixa imunidade, e quando o fungo se encontra em um ambiente úmido e de bastante calor.

Os sintomas são manchas brancas na pele, mas em alguns casos as manchas podem ser castanhas ou avermelhadas.

Impetigo

Essa doença é causada pelo desequilibro da população de uma bactéria normalmente presente na pele, a Streptococcus pyogenes, e que pode ser deflagrada por mudanças no clima. Lesões na pele, como as causadas por picadas de insetos, são o local ideal para o desenvolvimento e ação dessa bactéria, que causa inflamação e forma uma crosta cor-de-mel na ferida.

Pé-de-atleta ou frieira

Essa micose aparece entre os dedos e causa vermelhidão na pele dos pés. Ela é altamente contagiosa, mas geralmente as pessoas costumam contrair tal fungo por meio do próprio ambiente. Por isso é importante não andar descalço em vestiário de piscina, tocar em animais desconhecidos e usar calçados de outras pessoas. Além disso, tente sempre deixar o ambiente arejado, ande descalço dentro de casa e use sandálias abertas sempre que possível, use roupas de algodão que facilitam a transpiração e enxugue bem todas as "dobras" do corpo.

Geralmente os sintomas são o embranquecimento da pele entre os dedos do pé e a descamação dela, que eventualmente se rompe em pequenas fissuras. Quando a micose não se encontra entre os dedos e sim na sola do pé, ela se caracteriza por uma leve irritação e então envolve toda a sola do pé.

Verminose

Outra doença de pele que pode ser contraída nas praias é a larva migrans que é transmitida por larvas de parasitas presentes em fezes de cachorro. O parasita entra pela pele, principalmente pelos pés, e causa inflamação.

Onicomicose

A doença que afeta as unhas mais freqüente durante o verão é a onicomicose. Doença provocada por fungos e também pelas leveduras. Ela começa na ponta da unha, deixando-a amarela, espessa e com uma aparência feia. Além disso, ela dói bastante e incomoda.

Desidratação

O risco de ter uma desidratação é maior no verão, pois nessa estação do ano transpiramos mais e existem mais chances de se comer uma comida estragada por má conservação.

A desidratação se caracteriza pela perda de líquidos e sais minerais do corpo. Quando o organismo está funcionando normalmente perde-se em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina e fezes, seja pelo suor ou pela respiração. Essa perda pode se tornar excessiva por vários motivos. O simples aumento da transpiração ou uma intoxicação alimentar podem ser fatores determinantes na hora de se ficar doente.

Uma pessoa desidratada fica com sede, com a boca e mucosas secas, olhos ressecados e fica muito tempo sem urinar. Existem algumas coisas que você pode fazer para prevenir a desidratação, como usar roupas leves, ingerir constante mente líquidos, não comer alimentos que tenham ficado muito tempo fora da geladeira, por exemplo, e sempre preferir ficar em lugares arejados e frescos.

Insolação

A insolação acontece quando uma pessoa fica tempo demais exposta ao sol. Seus sintomas são intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas, tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente, avermelhada e seca, extremidades arroxeadas e até mesmo inconsciência.

Além disso, com ela também vem a desidratação e queimaduras que podem ser apenas pele vermelha até bolhas na pele. Para evitar que isso aconteça com você, evite tomar sol nos horários em que ele está mais forte e sempre use filtro solar.

Intoxicação alimentar

Quando as pessoas estão na praia ou no clube e ficam com fome, muitas não pensam duas vezes antes de comprar um sanduíche natural , ou aqueles camarões em espetinho que são vendidos pelos ambulantes. O que elas não sabem é que isso é muito perigoso, principalmente no verão quando a temperatura está alta e é mais fácil as comidas estragarem.

Por isso é importante sempre se alimentar em um lugar que você tenha certeza que a comida foi preparada com higiene e que foi bem armazenada, pois um alimento contaminado pela Salmonela, por exemplo, que é um microorganismo que atinge as carnes, pode causar até mesmo desidratação grave.

Apesar disso, em geral os sintomas da intoxicação alimentar duram poucos dias. Nos casos menos graves, um dia de repouso e a ingestão de uma grande quantidade de água ou de sucos, são suficientes para compensar a perda de líquidos provocada pela diarréia ou pelos vômitos.

SOL, VERÃO, PISCINA



Com a chegada do verão, gostamos e freqüentamos piscinas, mas também existe o inconveniente das doenças de pele, que torna-se um, obstáculo, e muitas vezes dúvidas para todos nós.


Verão pede cuidados com água de piscina

Tratamento de Piscinas

A correta manutenção e desinfecção dos reservatórios garantem diversão segura e saudável

Com a chegada do verão, a piscina se torna o centro das atrações e cresce a preocupação com a correta manutenção. Na verdade, o tanque é um enorme reservatório de matérias orgânicas, sem contar ainda o depósito de cremes para os cabelos e protetores solares, que apesar de trazerem nos rótulos os dizeres “não sai na água”, saem, e como saem na água. Tudo isso torna a piscina um depósito de água de má qualidade e aumenta o risco de transmissão de doenças, porque as mucosas e a pele apresentam menor resistência quando imersas por tempo prolongado, somado ainda ao atrito com a água.

Não basta adicionar cloro na água da piscina e pronto. Um tratamento inadequado não assegura a redução da flora bacteriana da água a níveis considerados seguros. “A manutenção da qualidade da água é a principal forma de impedir a transmissão de doenças aos banhistas, sendo a desinfecção a etapa mais importante para garantia da qualidade microbiológica da água”, afirma o professor Jorge Macêdo, consultor da Hidroall do Brasil e autor do livro Piscinas - Água & Tratamento & Química.

Segundo Macêdo, a periodicidade do tratamento de uma piscina deve ocorrer em função do uso, ou seja, quanto maior o uso, menor o intervalo do tratamento. Locais com alta quantidade de freqüentadores devem ser tratados praticamente todos os dias. O consultor da Hidroall do Brasil recomenda que uma piscina residencial deve ser tratada no mínimo, uma vez por semana. O professor explica que é muito importante tratar a água das piscinas por vários motivos, como destruir bactérias e outros microorganismos causadores de doenças; manter a beleza e cristalinidade; evitar a proliferação de algas; eliminar odores desagradáveis; e destruir e remover materiais orgânicos e inorgânicos, que contaminam a água (ex.: poeira, folhas, insetos, bronzeador, urina, suor).

Com os avanços tecnológicos e a diversificação dos produtos já se pode definir soluções específicas que melhor se adaptam a cada caso, otimizando os resultados e o custo de tratamento.

Sem saber

Apesar de gostar de piscinas, o brasileiro não sabe como proceder em relação à manutenção, avalia Macêdo. Propagadores de informações fundamentadas apenas na experiência prática, mas sem comprovação científica, os balconistas sempre repetem a informação do vendedor. O tratamento da água da piscina é realizado com produtos químicos e a química é uma ciência exata, explica Macêdo. Todas as reações ocorridas na água têm uma explicação, portanto, é necessário recorrer a um consultor.

Importante é uilizar produtos de qualidade, com eficiência comprovada com pesquisas, preferir empresas que fabriquem (ou forneçam) o produto e que disponibilizem informações sobre o seu uso de maneira clara e com base científica.

O professor ressalta que o uso da piscina não coloca em risco a saúde dos usuários, desde que o tratamento na água esteja correto, ou seja, não existe possibilidade de adquirir uma doença quando a água da piscina está tratada com produto de qualidade e que sejam utilizados corretamente. Doenças como pé de atleta, impetigos, dermatites, conjuntivites, enfim infecções na pele e nos olhos são patologias associadas ao uso das instalações.

A água da piscina pode apresentar duas situações, analisa o consultor da Hidroall. Na primeira hipótese a água já vem contaminada e não sofre tratamento ou é tratada de maneira precária; na segunda situação, a água, tratada ou não, é contaminada pelo banhista doente ou portador. Como a resistência dos tecidos (pele) e mucosas diminuem com o contado prolongado com a água, principalmente das mucosas dos olhos e nariz, pode ocorrer casos em que a imersão por tempo prolongado, sensibilize as mucosas ao ponto que os microrganismos característicos da microbiota do próprio banhista, em função da queda das barreiras imunológicas, acabam por provocar doenças, que são denominadas autoinfecções. As doenças desenvolvidas nesses casos vão desde um simples resfriado, passando por inúmeras infecções da epiderme, inflamações de garganta, olhos, ouvidos e nariz, chegando a disenterias, pólio e até a hepatite A.


Quatro etapas de tratamento

Antes de ir despejando produtos na piscina é preciso atentar para as recomendações de tratamento, que se dividem em:

1ª Etapa - Determinação das características específicas da piscina.

É feita por meio do cálculo do volume de água da piscina; determinação do pH; determinação da alcalinidade total; grau de exposição às intempéries; temperatura da água; grau de utilização; tipos de revestimentos das piscinas. A evolução e a diversificação dos materiais de revestimento e estrutura das piscinas acarretam problemas de incompatibilidade entre os produtos usados na desinfecção e estas estruturas. Piscinas fabricadas com resinas orto e isofitálicas sobre tecido ou manta de fibra de vidro ou ainda piscinas fabricadas com manta plástica de vinil, só devem ser cloradas com Dicloro Isocianurato de Sódio - Hidrosan Plus. Os demais tipos de cloros podem alvejar a superfície das mesmas.

Após a correta verificação das características específicas da piscina a ser tratada pode-se escolher os produtos mais adequados e que lograrão resultados mais eficientes, maior segurança aos usuários e maior economia.

2ª Etapa - Clarificação da Água;

3ª Etapa - Eliminação dos microorganismos causadores de doenças.

É o processo de desinfecção, que garante a qualidade microbiológica da água, ou seja, é a segurança que o banhista não irá se contaminar com nenhum microrganismo patogênico. “O processo de desinfecção mais utilizado no Brasil é a utilização de derivados clorados”, explica Macêdo. O produto utilizado para a desinfecção deve possuir: alta solubilidade; formação rápida de ácido hipocloroso; alto teor de matéria ativa; baixo custo; baixo teor de insolúveis e praticidade no uso.

4ª Etapa - Manutenção da água da piscina.

Entre os principais avanços na manutenção, Macêdo aponta a utilização dos derivados clorados orgânicos (dicloroisocianurato de sódio e ácido tricloro isocianúrico), em função da sua alta estabilidade e baixa formação de subprodutos. Somente por meio do controle de parâmetros como alcalinidade, dureza cálcica, pH e residual de cloro é possível apontar se a água é apropriada ou não para o uso. “Quando os parâmetros citados encontram-se dentro das faixas consideradas ideais, a água está estabilizada e em condições de uso. Ressalta-se a garantia da segurança microbiológica para o banhista é vinculada ao chamado residual de cloro que deve sempre estar com no mínimo 1 ppm de cloro residual”, finaliza o consultor da Hidroall.


www.hidroall.com.br





Seg, 29 Nov, 12h15

RIO - Cerca de 180 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 300 policiais civis estão no Complexo do Alemão vasculhando cada casa e cada beco em busca de traficantes, armas e drogas. Nesta segunda-feira, duas pessoas foram presas. A polícia apreendeu também cinco fuzis, 1 rifle, granadas, carregadores de armas e coletes foram apreendidos. O material estava num porão de uma casa e foi descoberto com a ajuda de denúncias de moradores na região.

Foram localizados ainda 20 quilos de cocaína por volta das 10h45m numa casa da favela da Grota, no Complexo do Alemão. A droga estava guardada dentro de um armário, onde também estava escondida uma peruca, provavelmente para disfarce de traficantes. Também na Grota, agentes encontraram cadernos de contabilidade do tráfego.

O subchefe operacional da Polícia Civil, delegado Rodrigo Oliveira, disse que as suas equipes estão sendo trocadas diariamente e que não há prazo para a Polícia Civil sair do local.

O delegado acrescentou que possui várias informações de onde estariam outros traficantes que ainda não foram presos. Ele afirmou que vai checar todas as denúncias, sem precipitação, e que irá prendê-los, seja no Complexo do Alemão ou em qualquer outra favela onde eles possam ter se abrigado.

O comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, disse que seus policiais estão tirando escala de 30 horas de serviço para conseguir vasculhar com detalhes cada parte do Complexo do Alemão. Nesta segunda-feira, 180 homens realizam buscas no Complexo e na parte alta, numa localidade chamada Areal, onde há uma pedreira. Policiais da Companhia de Cães do Batalhão de Choque fazem essa revista detalhada nas casas e vielas.

Para o coronel, a entrada no Complexo do Alemão representou "uma humilhação para essa facção criminosa que se dizia valente e subjugava os moradores".

Paulo Henrique Moraes informou ainda que 90 homens da corporação passaram a madrugada na favela. Segundo o oficial, os militares ficaram distribuídos em seis comunidades do complexo.

- É fundamental que nós façamos uma limpeza da comunidade. Queremos descobrir guarda de armas e possíveis marginais que ainda estejam na comunidade - disse ele, em entrevista à TV Globo.

O comandante reconheceu que é possível que alguns bandidos tenham fugido da comunidade:

- Eles tentaram de diversas formas. Alguns tentavam fugir vestidos de religiosos, de mata-mosquito. Alguns conseguiram, é possível. Eles podem ter ido também em direção ao Juramentinho fugindo pela tubulação.

Blindados em frente ao batalhão

Os doze carros blindados da Marinha e do Exército, além dos blindados da Polícia Militar, continuam na porta do 16º BPM (Olaria), que funciona como centro de controle das operações que tomaram do tráfico de drogas os complexos da Vila Cruzeiro e do Alemão. O cenário de guerra continua montado, mas o clima é de paz e tranquilidade.

Moradores nas ruas ficam observando possíveis novas ações policiais. A tensão, antes estampada no rosto das forças policiais que atuaram nessas favelas, deu lugar à tranquilidade. Os pontos de ônibus estão cheios. Os coletivos estão trafegando desde as 4h, quando um ônibus da linha 908 (Bonsucesso-Guadalupe) passou pela Estrada do Itararé. O veículo foi o primeiro a circular pela via, durante a madrugada. No entanto, poucas Kombis e taxis trafegaram pela estrada no mesmo horário.

No interior da favela, moradores tentam retomar a rotina. Parte do comércio das ruas internas da comunidade continua fechado. A Avenida Itaoca, no entanto, em nada lembra o cenário de guerra do domingo: a via está liberada ao tráfego nos dois sentidos, e o comércio já está funcionando.

Os moradores sofrem, no entanto, com a grande quantidade de lixo espalhado pelas ruas e vielas do Complexo do Alemão. Desde sexta-feira, a Comlurb não recolhe as sacolas com detritos.

Operários do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já estão no local e devem retomar as obras, paradas desde o início dos conflitos.

As aulas nas escolas e creches municipais localizadas na região do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, no entanto, ainda não voltaram ao normal. A Secretaria Municipal de Educação informou que o reinício das aulas na região será definido em uma reunião com o prefeito Eduardo Paes, nesta segunda-feira.

A primeira noite com ocupação das forças de segurança foi de aparente tranquilidade no Complexo do Alemão. Durante a madrugada, o patrulhamento no entorno da comunidade continuou, mas em número reduzido: militares das Forças Armadas, e policiais civis e militares ficaram de prontidão na Estrada do Itararé e na Rua Joaquim de Queiroz, principal acesso à favela.

Policiais do Bope ficaram posicionados em pontos estratégicos da comunidade. Veículos blindados das Forças Armadas circularam pela Estrada do Itararé. Moradores que entravam e saíam da comunidade também eram revistados.

Um suspeito de 37 anos foi preso por uma equipe da 10ª DP (Botafogo), na noite de domingo, na Favela da Grota, que fica no complexo. O homem foi preso com oito carteiras de identidades, papelotes de cocaína, uma faca e produtos eletrônicos, possivelmente roubados. Ele disse que os documentos eram de parentes.




ESSAS IMAGENS NOS CHOCAM!!!
MAS SE NÃO FOR ASSIM, "ELES" OS BANDIDOS, CONTINUARÃO A RIR DA NOSSA CARA, E DAS AUTORIDADES.
PARABÉNS POLICIAIS, CONTINUEM O SEU TRABALHO MARAVILHOSO!!!
E QUE DEUS OS PROTEJA, HOJE E SEMPRE, PARA QUE OS SRS. CONTINUEM SEU TRABALHO COM A CONVICÇÃO, GARRA, E TRANSPARÊNCIA.
E QUE A CIDADE MARAVILHOSA, CONTINUE SENDO TÃO MARAVILHOSA COMO ERA EM ANOS ANTIGOS.

Veja as imagens de uma semana histórica no Rio de Janeiro.[ 29-11-2010 ]

Jornal Hoje COMPLETO 25-11-2010 BOP INVADE Vila Cruzeiro Favela no Rio d...

Arsenal de Guerra no Rio! Tanques Blindados da Marinha ajudam na operaçã...


MINHA OPINIÃO SINCERA:

PARABÉNS PARA ESTE XERIFE!
SE TODOS OS COMANDOS POLICIAIS, DELGADOS, DIRETORES DE PRESÍDIOS, ETC...
FIZESSEM SEMELHANTE, EU ACREDITO QUE TUDO SERIA MENOS COMPLICADO.
TERÍAMOS MENOS CRIMINALIDADE.

É UM ABUSO, PRESIDIÁRIOS TEREM RECLUSÃO EM LUGARES ESPECIAIS, COM TV, CELULARES, PRIVACIDADE.
COMEM SOMENTE PEITO DE FRANGO....., ETC....ETC....
JÁ SÃO PESSOAS QUE ESTÃO FORA DA SOCIEDADE POR PROBLEMAS DE CONDUTA, PORQUE TODO ESTE PRIVILÉGIO????
COM CERTEZA ELE SERÃO REINCIDENTES, APÓS SAÍREM DO PRESÍDIO, PQ LÁ É BOM.
NÃO TEM COMPROMISSO COM NADA, E, AINDA TEM TEMPO E CONDIÇÕES DE ESTAREM PLANEJANDO OUTROS CRIMES.

XERIFE DO ARIZONA TEM PRISÃO EXEMPLAR





Trabalho em vez de desporto, menos regalias para os criminosos que não devem ser misturados com os de delito comum.

Joe Arpaio é o Xerife (em Portugal é chamado de Director de prisão embora não seja eleito da mesma maneira) do Condado de Maricopa, no Arizona há já bastante tempo e continua sendo re-eleito a cada nova eleição.

Ele criou a cadeia-acampamento, que são várias tendas de lona, cercadas por arame farpado e vigiado por guardas como numa prisão normal.

Conseguiu baixar os custos da refeição para 40 20 (actualizado) cêntimos de dólar, que os prisioneiros têm de pagar e que cumpre todas as necessidades energéticas e vitaminicas de um ser humano.

Proibiu os presos de fumar, não permite a circulação de revistas pornográficas dentro da prisão e nem permite que os presos pratiquem halterofilismo.

Começou a montar equipas de detidos que, acorrentados uns aos outros (chain gangs) , são levados à cidade para prestarem serviços para a comunidade e trabalhar nos projectos do condado.

Para não ser processado por discriminação, começou a criar equipas de prisioneiras, nos mesmos moldes das equipas dos detidos .

Cortou a TV por cabo aos presos mas quando soube que TV por cabo nas prisões era uma determinação judicial, voltou a permitir mas só com 2 canais: o canal do tempo e o da Disney. Quando lhe perguntaram o porque o canal do tempo, respondeu que era para os detidos saberem que temperatura iriam enfrentar durante o dia quando estivessem a prestar serviço comunitário, a trabalhar nas estradas, construções, etc.

Em 1994, cortou o café , alegando que, para além do baixo valor nutritivo, estava a proteger os próprios detidos e os guardas que já haviam sido atacados com café quente por outros presos, sem falar na economia dos cofres públicos de quase $100.000 por ano.

Quando os detidos reclamaram, ele respondeu:

- Isto aqui não é um hotel 5 estrelas e se vocês não gostam, comportem-se como homens e não voltem mais.

Distribuiu uma série de vídeos religiosos aos prisioneiros e não permite quaisquer outro tipo de vídeos na prisão .

Com a temperatura batendo recordes a cada semana, uma agência de notícias publicou:

Com a temperatura atingindo 47º C, em Phoenix no Arizona, mais de 2000 detidos na prisão-acampamento de Maricopa tiveram permissão de tirar o uniforme da prisão e ficar só de shorts (cor-de-rosa), que os detidos recebem do governo.

Num determinado dia, centenas de detidos estavam recolhidos nas barracas, onde a temperatura chegou a atingir os 60°C. Muitos com toalhas cor de rosa enroladas no pescoço, estavam completamente encharcados de suor.

Parece que estávamos dentro de um forno‘, disse James Zanzot que cumpriu pena nessas tendas por um ano.

Joe Arpaio, o xerife durão que inventou a prisão-acampamento, faz com que os detidos usem uniformes cor-de-rosa e não faz questão alguma de parecer simpático.

Diz ele aos detidos:

- Os nossos soldados estão no Iraque, onde a temperatura atinge 50°C , vivem em tendas como vocês e ainda tem de usar fardamento, botas, carregar todo o equipamento de soldado e, além de tudo, não cometeram crime algum como vocês, portanto, calem a boca e parem de reclamar!

Se houvessem mais prisões como esta, talvez o número de criminosos e reincidentes diminuísse consideravelmente.

Criminosos graves têm de ser punidos pelos crimes que cometeram e não serem tratados a ‘pão-de-ló’ , tendo do bom e do melhor , até serem soltos para voltar a cometer os mesmos crimes e voltar para a vida na prisão, cheia de regalias e reivindicações.

Muitos cidadãos honestos, cumpridores da lei e pagadores de impostos não têm, por vezes, as mesmas regalias que esses bandidos tem na prisão.

Recebido por email e actualizado.

O que acham disto? Este é o caminho a seguir ou nem por isso?



Volte Sempre: 8
Domingo: 4




Eutanásia


José Roberto Goldim


A palavra eutanásia tem sido utilizada de maneira confusa e ambígua, pois tem assumido diferentes significados conforme o tempo e o autor que a utiliza. Várias novas palavras, como distanásia, ortotanásia, mistanásia, têm sido criadas para evitar esta situação. Contudo, esta proliferação vocabular, ao invés de auxiliar, tem gerado alguns problemas conceituis.

O termo Eutanásia vem do grego, podendo ser traduzido como "boa morte"ou "morte apropriada". O termo foi proposto por Francis Bacon, em 1623, em sua obra "Historia vitae et mortis", como sendo o "tratamento adequado as doenças incuráveis". De maneira geral, entende-se por eutanásia quando uma pessoa causa deliberadamente a morte de outra que está mais fraca, debilitada ou em sofrimento. Neste último caso, a eutanásia seria justificada como uma forma de evitar um sofrimento acarretado por um longo período de doença. Tem sido utilizado, de forma equivocada, o termo Ortotanásia para indicar este tipo de eutanásia. Esta palavra deve ser utilizada no seu real sentido de utilizar os meios adequados para tratar uma pessoa que está morrendo.

O termo eutanásia é muito amplo e pode ter diferentes interpretações. Um exemplo de utilização diferente da que hoje é utilizada foi a proposta no século XIX, os teólogos Larrag e Claret, em seu livro "Prontuários de Teologia Moral", publicado em 1866. Eles utilizavam eutanásia para caracterizar a "morte em estado de graça".

Existem dois elementos básicos na caracterização da eutanásia: a intenção e o efeito da ação. A intenção de realizar a eutanásia pode gerar uma ação (eutanásia ativa) ou uma omissão, isto é, a não realização de uma ação que teria indicação terapêutica naquela circunstância (eutanásia passiva). Desde o ponto de vista da ética, ou seja, da justificativa da ação, não há diferença entre ambas.

Da mesma forma, a eutanásia, assim como o suicídio assistido, são claramente diferentes das decisões de retirar ou de não implantar um tratamento, que não tenha eficácia ou que gere sérios desconfortos, unicamente para prolongar a vida de um paciente. Ao contrário da eutanásia e do suicídio assistido, esta retirada ou não implantação de medidas consideradas fúteis não agrega outra causa que possa conduzir à morte do paciente. Esta, porém, não foi a interpretação da Suprema Corte de Nova Iorque, julgando o caso Quill, em 08 de janeiro de 1997, quando afirmou não haver diferenças legais e morais entre não implantar ou retirar uma medida extraordinária e o suicídio assistido. Em junho de 1997 a Suprema Corte Norte Americana, se pronunciou contrariamente a esta posição, afirmando que existem diferenças entre estas decisões, quer do ponto de vista médico quanto legal.

A tradição hipocrática tem acarretado que os médicos e outros profissionais de saúde se dediquem a proteger e preservar a vida. Se a eutanásia for aceita como um ato médico, os médicos e outros profissionais terão também a tarefa de causar a morte. A participação na eutanásia não somente alterará o objetivo da atenção à saúde, como poderá influenciar, negativamente, a confiança para com o profissional, por parte dos pacientes. A Associação Mundial de Medicina, desde 1987, naDeclaração de Madrid, considera a eutanásia como sendo um procedimento eticamente inadequado.


Distanásia: Morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento. Alguns autores assumem a distanásia como sendo o antônimo de eutanásia. Novamente surge a possibilidade de confusão e ambigüidade. A qual eutanásia estão se referindo? Se for tomado apenas o significado literal das palavras quanto a sua origem grega, certamente são antônimos. Se o significado de distanásia for entendido como prolongar o sofrimento ele se opõe ao de eutanásia que é utilizado para abreviar esta situação. Porém se for assumido o seu conteúdo moral, ambas convergem. Tanto a eutanásia quanto a distanásia são tidas como sendo eticamente inadequadas.

Ortotanásia: é a atuação correta frente a morte. É a abordagem adequada diante de um paciente que está morrendo. A ortotanásia pode, desta forma, ser confundida com o significado inicialmente atribuído à palavra eutanásia. A ortotanásia poderia ser associada, caso fosse um termo amplamente, adotado aos cuidados paliativos adequados prestados aos pacientes nos momentos finais de suas vidas.

Mistanásia: também chamada de eutanásia social. Leonard Martin sugeriu o termo mistanásia para denominar a morte miserável, fora e antes da hora. Segundo este autor, "dentro da grande categoria de mistanásia quero focalizar três situações: primeiro, a grande massa de doentes e deficientes que, por motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois não conseguem ingressar efetivamente no sistema de atendimento médico; segundo, os doentes que conseguem ser pacientes para, em seguida, se tornar vítimas de erro médico e, terceiro, os pacientes que acabam sendo vítimas de má-prática por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos. A mistanásia é uma categoria que nos permite levar a sério o fenômeno da maldade humana".


Jiménez de Asúa L. Libertad para amar y derecho de morir. Buenos Aires: Losada, 1942:402-510.
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Admiraal P. Euthanasia and assisted suicide. In: Thomasma DC, Kushner T. Birth to death. Cambridge: Cambridge, 1996:210.






EUTANÁSIA



Breve Histórico da Eutanásia


Prof. José Roberto Goldim

Diversos povos, como os celtas, por exemplo, tinham por hábito que os filhos matassem os seus pais quando estes estivessem velhos e doentes. Na Índia os doentes incuráveis eram levados até a beira do rio Ganges, onde tinham as suas narinas e a boca obstruídas com o barro. Uma vez feito isto eram atirados ao rio para morrerem. Na própria Bíblia tem uma situação que evoca a eutanásia, no segundo livro de Samuel.

A discussão a cerca dos valores sociais, culturais e religiosos envolvidos na questão da eutanásia vem desde a Grécia antiga. Por exemplo, Platão, Sócrates e Epicuro defendiam a idéia de que o sofrimento resultante de uma doença dolorosa justificava o suicídio. Em Marselha, neste período, havia um depósito público de cicuta a disposição de todos. Aristóteles, Pitágoras e Hipócrates, ao contrário, condenavam o suicídio. No juramento de Hipócrates consta: "eu não darei qualquer droga fatal a uma pessoa, se me for solicitado, nem sugerirei o uso de qualquer uma deste tipo". Desta forma a escola hipocrática se já se posicionava contra o que hoje tem a denominação de eutanásia e de suicído assistido.

Estas discussões não ficaram restritas apenas a Grécia. Cleópatra VII (69aC-30aC) criou no Egito uma "Academia" para estudar formas de morte menos dolorosas.

A discussão sobre o tema, prosseguiu o longo da história da humanidade, com a participação de Lutero, Thomas Morus (Utopia), David Hume (On suicide), Karl Marx (Medical Euthanasia) e Schopenhauer. No século passado, o seu apogeu foi em 1895, na então Prússia, quando, durante a discussão do seu plano nacional de saúde, foi proposto que o Estado deveria prover os meios para a realização de eutanásia em pessoas que se tornaram incompetentes para solicitá-la.

No século XX, esta discussão teve um de seus momentos mais acalorados entre as décadas de 20 e 40. Foi enorme o número de exemplos de relatos de situações que foram caracterizadas como eutanásia, pela imprensa leiga, neste período. O Prof. Jiménez de Asúa catalogou mais de 34 casos. No Brasil, na Faculdade de Medicina da Bahia, mas também no Rio de Janeiro e em São Paulo, inúmeras teses foram desenvolvidas neste assunto entre 1914 e 1935. Na Europa, especialmente, muito se falou de eutanásia associando-a com eugenia. Esta proposta buscava justificar a eliminação de deficientes, pacientes terminais e portadores de doenças consideradas indesejáveis. Nestes casos, a eutanásia era, na realidade, um instrumento de "higienização social", com a finalidade de buscar a perfeição ou o aprimoramento de uma "raça", nada tendo a ver com compaixão, piedade ou direito para terminar com a própria vida.

Em 1931, na Inglaterra, o Dr. Millard, propôs uma Lei para Legalização da Eutanásia Voluntária, que foi discutida até 1936, quando a Câmara dos Lordes a rejeitou. Esta sua proposta serviu, posteriormente, de base para o modelo holandês. Durante os debates, em 1936, o médico real, Lord Dawson, revelou que tinha "facilitado" a morte do Rei George V, utilizando morfina e cocaína.

O Uruguai, em 1934, incluiu a possibilidade da eutanásia no seu Código Penal, através da possibilidade do "homicídio piedoso". Esta legislação uruguaia possivelmente seja a primeira regulamentação nacional sobre o tema. Vale salientar que esta legislação continua em vigor até o presente. A doutrina doProf. Jiménez de Asúa, penalista espanhol, proposta em 1925, serviu de base para a legislação uruguaia.

Em outubro de 1939 foi iniciado o programa nazista de eutanásia, sob o código "Aktion T 4". O objetivo inicial era eliminar as pessoa que tinham uma "vida que não merecia ser vivida". Este programa materializou a proposta teórica da "higienização social".

Em 1954, o teólogo episcopal Joseph Fletcher, publicou um livro denominado "Morals and Medicine", onde havia um capítulo com título "Euthanasia: our rigth to die". A Igreja Católica, em 1956, posicionou-se de forma contrária a eutanásia por ser contra a "lei de Deus". O Papa Pio XII, numa alocução a médicos, em 1957, aceitou, contudo, a possibilidade de que a vida possa ser encurtada como efeito secundário a utilização de drogas para diminuir o sofrimento de pacientes com dores insuportáveis, por exemplo. Desta forma, utilizando o princípio do duplo efeito, a intenção é diminuir a dor, porém o efeito, sem vínculo causal, pode ser a morte do paciente.

Em 1968, a Associação Mundial de Medicina adotou uma resolução contrária a eutanásia.

Em 1973, na Holanda, uma médica geral, Dra. Geertruida Postma, foi julgada por eutanásia, praticada em sua mãe, com uma dose letal de morfina. A mãe havia feito reiterados pedidos para morrer. Foi processada e condenada por homicídio, com uma pena de prisão de uma semana (suspensa), e liberdade condicional por um ano. Neste julgamento foram estabelecidos os critérios para ação do médico.

Em 1980, o Vaticano divulgou uma Declaração sobre Eutanásia, onde existe a proposta do duplo efeito e a da descontinuação de tratamento consideradofútil.

Em 1981, a Corte de Rotterdam revisou e estabeleceu os critérios para o auxílio à morte. Em 1990, a Real Sociedade Médica dos Países Baixos e o Ministério da Justiça estabeleceram uma rotina de notificação para os casos de eutanásia, sem torná-la legal, apenas isentando o profissional de procedimentos criminais.

Em 1991, houve uma tentativa frustrada de introduzir a eutanásia no Código Civil da Califórnia/EEUU. Neste mesmo ano a Igreja Católica, através de umaCarta do Papa João Paulo II aos bispos, reiterou a sua posição contrária ao aborto e a eutanásia, destacando a vigilância que as escolas e hospitais católicos deveriam exercer na discussão destes temas.

Os Territórios do Norte da Austrália, em 1996, aprovaram uma lei que possibilita formalmente a eutanásia. Meses após esta lei foi revogada, impossibilitando a realização da eutanásia na Austrália.

Em 1996, foi proposto um projeto de lei no Senado Federal (projeto de lei 125/96), instituíndo a possibilidade de realização de procedimentos de eutanásia no Brasil. A sua avaliação nas comissões especializadas não properou.

Em maio de 1997 a Corte Constitucional da Colombia estabeleceu que "ninguém pode ser responsabilizado criminalmente por tirar a vida de um paciente terminal que tenha dado seu claro consentimento". Esta posição estabeleceu um grande debate nacional entre as correntes favoráveis e contrárias. Vale destacar que a Colombia foi o primeiro país sul-americano a constituir um Movimento de Direito à Morte, criado em 1979.

Em outubro de 1997 o estado do Oregon, nos Estados Unidos, legalizou o suicídio assistido, que foi interpretado erroneamente, por muitas pessoas e meios de comunicação, como tendo sido autorizada a prática da eutanásia.

Em novembro de 2000 a Câmara de Representantes dos Países Baixos aprovou, com uma parte do plenário se manifestando contra, uma legislação sobre morte assistida. Esta lei permitirá inclusive que menores de idade possam solicitar este procedimento. Falta ainda a aprovação pelo Senado, mas a aprovação é dada como certa. Esta lei apenas torna legal um procedimento que já era consentido pelo Poder Judiciário holandês. A repercussão mundial foi muito grande com forte posicionamento do Vaticano afirmando que esta lei atenta contra a dignidade humana.



Jiménez de Asúa L. Libertad para amar y derecho para morir. Buenos Aires: Losada, 1942.
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