BELEZA


Pesquisa comprova: o sono da beleza funciona mesmo

As pessoas com aparência 'descansada' são consideradas mais atraentes



Sono da beleza é verdade



Um estudo sueco promete eliminar todos os cremes rejuvenescedores de sua escrivaninha e trocá-los por uma fórmula muito mais simples e barata: manter o sono sempre em dia.

O teste, conduzido por John Axelsson do Instituto Karolinska, foi feito com 33 voluntários não fumantes durante dois dias. No primeiro, os participantes, que estavam proibidos de ingerir bebida alcoólica, foram fotografados sem maquiagem e com o cabelo penteado para trás após uma boa noite de sono.

No dia seguinte, eles dormiram menos do que o considerado necessário e foram fotografados em seguida no mesmo horário e nas mesmas condições. A distância da câmera e a iluminação também não foram alteradas e, nas duas ocasiões, foi pedido que fizessem expressões neutras.

Aparência - Quando suas fotos foram mostradas a outras 66 pessoas que não sabiam sobre a pesquisa, a maioria delas votou nas fotos de aparência “descansada” como aquelas em que os retratados pareciam mais atraentes, dispostos e saudáveis. Concluiu-se, portanto, que a privação de sono afeta tanto os sinais faciais da pessoa quanto a percepção que os outros têm de sua beleza.

Os pesquisadores defendem que a descoberta é muito importante na atual “sociedade 24 horas”, em que tantas pessoas sofrem de distúrbios do sono. O estudo foi publicado na edição de Natal da revista médica BMJ.com.




ATENÇÃO!!!

Desfazendo os mitos sobre distúrbios de atenção


Não restam mais dúvidas de que a DDAH é real: exames deixam claro sua relação com a

baixa atividade em determinadas regiões do cérebro.


O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade atinge entre 3% e 5% das crianças e pode acompanhar os portadores até a vida adulta



Até 2002, um grupo internacional de respeitados neurocientistas achava necessário publicar um relato argumentando intensamente que o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) era uma doença real. Em face de evidências científicas “devastadoras”, eles reclamavam, o TDAH era comumente retratado pela mídia como "um mito, uma fraude ou uma condição benigna" – uma consequência de professores rígidos demais, talvez, ou do excesso de televisão.

Nos últimos anos, tem sido mais raro ouvir alguma dúvida de que o problema realmente existe, e as evidências explicando sua rede neural e sua genética vêm se tornando mais convincentes e complexas.

Mesmo assim, ultimamente foram publicados alguns artigos e ensaios que usam a atenção (ou a falta de) como um indicador e uma metáfora de algo mais amplo na sociedade: as distrações eletrônicas, o conceito de multitarefa, a ideia de que a natureza da concentração pode estar mudando, de que as pessoas se sentem sobrecarregadas, distraídas, irritáveis.

Mas o TDAH não é uma metáfora. A doença não é a inquietude e a indisciplina que acontecem quando os alunos ginasiais são privados de intervalos, ou a distração dos adolescentes na era do smartphone. Ela também não é a razão pela qual seus colegas baixam e-mails durante reuniões e até mesmo em meio a conversas.

"A atenção é uma fenômeno cognitivo realmente complexo, com muitas peças dentro dela", afirma o Dr. David K. Urion, de Harvard, que dirige o programa de deficiências e neurologia comportamental no Hospital Infantil de Boston. "Quando falando de crianças com déficit de atenção, o problema reside na atenção seletiva quando comparado a seus pares em idade e sexo – o que você absorve e o que você ignora?"

Além disso, o distúrbio ocorre ao longo de um amplo espectro, de leve a extremo. Meninos são mais propensos a serem hiperativos e impulsivos, meninas a serem desatentas (um motivo para muitas meninas não serem oficialmente diagnosticadas é que aquelas com o jeito desatento podem ser bem comportadas na escola, mas ainda assim, incapazes de se concentrar).

Padrão consistente — “Ainda há muito que não sabemos”, disse Bruce F. Pennington, professor de psicologia na Universidade de Denver e especialista na genética e na neuropsicologia dos distúrbios de atenção. "Mas sabemos o bastante para dizer que se trata de um problema baseado no cérebro, e temos alguma ideia sobre quais circuitos e genes estão envolvidos".

Estudos de imagens cerebrais em pessoas com déficit de atenção mostraram um padrão consistente de atividade abaixo do normal nos lóbulos frontais, onde fica a chamada função executora. E cientistas estão focando nos caminhos para a dopamina e neurotransmissores similares ativos nos circuitos que passam informações de entrada e saída aos lóbulos frontais.

Níveis de atividade em circuitos específicos podem ajudar a explicar o aparente paradoxo de usar estimulantes, como o Ritalina, para tratar crianças que já parecem superestimuladas. Em muitas crianças com TDAH, esses medicamentos podem ajudar os circuitos a funcionar mais normalmente. "Se você tem déficit de dopamina, é mais difícil se concentrar em comportamentos orientados por objetivos", explicou Pennington. "Os psicoestimulantes alteram a disponibilidade de dopamina nesses mesmos circuitos".

Fator genético — Embora pesquisas recentes tenham identificado fatores ambientais que podem elevar a probabilidade de desenvolvimento da doença, estima-se que seu componente genético seja mais forte. O Dr. Maximilian Muenke, diretor do braço de genética médica no Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, disse que em gêmeos idênticos, se um deles tiver TDAH, a probabilidade de o segundo também ter é de 80 por cento (entre gêmeos não-idênticos, o número cai para 20 a 30 por cento, o mesmo de irmãos no geral).

No mês passado, a equipe de Muenke publicou um artigo identificando um gene, chamado LPHN3, associado tanto à doença quanto a uma reação favorável a estimulantes. Mas ninguém acha que apenas um gene é o responsável; assim como a atenção é um fenômeno complexo, a genética dos déficits de atenção também é.

Remédios personalizados — Muenke é cauteloso ao afirmar se os estudos da genética poderiam, algum dia, desempenhar algum papel no tratamento da doença. Ele falou de eventualmente prever quais crianças responderão a remédios específicos, poupando as famílias da frustração de trocar de medicamentos diversas vezes sem nenhum alívio. Ele pareceu mais otimista ao falar das probabilidades a longo prazo.

"Acredito realmente que, com o tempo, seremos capazes de desenvolver remédios personalizados para uma criança com TDAH", afirmou ele, acrescentando que, quando as causas principais são conhecidas, "essa criança terá um tratamento muito específico, seja ele apenas comportamental ou envolvendo medicação" – e essa medicação será feita sob medida para a criança.

Casos antigos — Talvez ávido por deixar claro que o TDAH é muito mais que uma metáfora para as distrações da vida moderna, os cientistas adoram citar exemplos muito mais antigos que a própria criação do termo.

Urion evocou Sir George Frederick Still, o primeiro professor britânico de medicina pediátrica, que descreveu a síndrome precisamente em 1902, falando de um garoto que era "incapaz de manter sua atenção, até mesmo num jogo, por mais que um período muito curto de tempo" – e que por isso estava "atrasado nas atividades escolares, mesmo parecendo completamente normal em seus modos e conversas".

Muenke citou Der Struwwelpeter (Pedro Descuidado, em tradução livre), livro infantil escrito por Heinrich Hoffmann em 1845 que traz a história de Zappel-Philipp, ou Felipe Inquieto (uma tradução ao inglês foi feita por Mark Twain, o grande cronista dos garotos).

As circunstâncias da vida moderna podem gerar a falsa ideia de que uma cultura repleta de eletrônicos e deveres amontoados cria o distúrbio. "As pessoas pensam que vivemos num mundo que causa TDAH", disse Urion. É claro que ninguém deveria dirigir e trocar mensagens de texto ao mesmo tempo, continuou ele, mas para "um marinheiro portuário que conduz um enorme navio ao porto de Boston, prestar atenção já era uma boa ideia, mesmo naquela época".




CURA PARA AIDS!!??

O homem que derrotou a aids



O médico alemão Gero Huetter, durante entrevista à imprensa no Hospital Charite de Berlim, em 2008, ainda na fase inicial da pesquisa que levou à cura da aids





Em 1995, o executivo americano Timothy Ray Brown contraiu aids. Foi também nesse ano que Gero Huetter, então graduando da Universidade de Berlim, decidiu entrar para o ramo da pesquisa médica. As duas histórias se cruzariam em maio de 2006, quando Brown, que também sofria de um tipo agressivo de leucemia, abriu a porta do consultório com a placa: “Dr. Gero Huetter, hematologista”.

Brown estava magro, emaciado e com alguns órgãos já severamente comprometidos. Mas Huetter se lembra de notar no paciente, já nesse primeiro encontro, uma energia e um otimismo acima do comum. Optou, então, por submeter Brown a uma terapia que envolvia quimioterapia e transplante de medula. Mas um transplante especial: o doador da medula deveria possuir uma mutação rara, que eliminava de suas células a proteína CCR5, que permite a entrada do HIV nas células de defesa do organismo. Havia uma possibilidade teórica de que o tratamento destinado à leucemia pudesse ter algum impacto sobre a aids. "Eu não esperava muito da experiência", diz Huetter. "Ela nunca havia sido feita antes, nem mesmo em animais."

Neste mês, após dois transplantes de medula e três anos sem qualquer sinal de HIV no organismo de Brown, o médico anunciou o que parecia estar fora do horizonte médico: a cura de um paciente de aids. Embora esse sucesso em particular não signifique a cura da aids em geral, ela mostra que o HIV pode ser derrotado. Em entrevista ao site de VEJA, Huetter, 42 anos, conta detalhes da pesquisa, comenta o estado do paciente e as expectativas de cura para outras vítimas de HIV.

Como você se sente sendo o primeira médico a curar a aids no mundo? É um sentimento agradável. Foi um trabalho duro colocar todas as peças juntas, mas no final foi um sucesso.

O que permite dizer que o paciente está curado da aids? Não encontramos nenhum sinal de HIV nele. Normalmente, pacientes infectados por muito tempo possuem HIV integrado ao seu genoma. Nem isso encontramos nele. Todas as suas células infectadas foram substituídas pelas células do doador.

Como você conheceu Brown? Ele era um paciente meu desde maio de 2006. Estava muito enfraquecido e com uma leucemia muito severa. Naquele momento, sem tratamento, esperava-se que ele vivesse apenas alguns meses. Com um tratamento convencional, sem transplante, tinha uma chance de 10 a 15% de remissão por um período curto, até a leucemia voltar. A única esperança real de vida para ele era um transplante de medula. Ele era jovem, tinha uns 40 anos na época, então tinha o melhor prognóstico para esse procedimento. Decidimos, então, que o melhor para ele, seria escolher um doador com a mutação do CCR5. A CCR5 é a proteína que permite a entrada do HIV nas células de defesa do nosso organismo. Sem ela, o vírus fica impossibilitado de nos infectar. Cerca de 1% da população mundial possui uma mutação que elimina o CCR5 das células.

Será possível replicar o tratamento em outras pessoas com HIV? Depois de publicar um artigo científico com nossos primeiros resultados, em 2008, recebemos consultas de pacientes de todo o mundo, que sofrem de leucemia e HIV. Para oito deles, fizemos uma busca de doadores compatíveis. Alguns tinham apenas dois doadores, então a probabilidade de encontrar a mutação era muito baixa. Outros morreram antes de o transplante ser feito. E o paciente mais promissor, uma criança, com mais de 100 possíveis doadores, não pode ser curada por esse método porque nenhum deles tinha essa mutação. Algumas vezes as estatísticas falham com você. Agora estamos esperando outros contatos, de outras instituições e hospitais. Qualquer um que se encaixe nessas condições - ser soropositivo e vítima de leucemia - pode falar comigo e eu providenciarei a busca de doadores.

Essa pesquisa pode evoluir para uma cura geral? Sim. Mesmo antes que eu fizesse esse transplante, alguns pesquisadores estudavam a possibilidade de uma terapia genética ou uma medicação para o HIV que bloqueasse essa proteína, imitando a mutação. Agora existe investimento e interesse suficiente nessa linha de pesquisa, e pode ser que ela traga resultado.

Você esperava curar a aids ou foi um feliz acidente? Uma mistura dos dois, na verdade. Eu nunca tinha tentado nenhuma pesquisa com HIV antes disso. Sou um hematologista e trato pacientes com câncer, mas surgiu para mim esse paciente que tinha leucemia e HIV. Foi o momento em que comecei a pensar nessa abordagem. Sabia que havia uma pequena chance de curar a aids, mas não esperava muito da experiência, já que nunca havia sido tentada antes, nem mesmo em animais. Não tínhamos nada a que nos apegar.

Como foi o tratamento? Durante as primeiras sessões de quimioterapia, tivemos muitos problemas, incluindo falha de alguns órgãos. A leucemia é muito agressiva e diversos pacientes morrem nas primeiras três ou quatro semanas de tratamento. Não bastasse isso, Brown era soropositivo, com todos os riscos e problemas que isso acarreta.

Ele sofreu com algum efeito colateral? Sim. No segundo transplante, tivemos uma série de complicações. Ele ainda sofre com elas, especialmente as consequências cerebrais. Ele tem dificuldades de lembrar coisas que acabaram de acontecer. Não acontecimentos de cinco anos ou cinco meses atrás, mas de cinco minutos. Como “onde eu estava indo?” ou “onde deixei minhas chaves?”.

Ele voltará a ter uma vida normal? Sim, uma vida bem normal. Não tem mais restrições. Ele mudou-se para São Francisco, não sabe se em definitivo. Ainda não está trabalhando, mas esperamos que vá se livrar de boa parte dos efeitos colaterais nos próximos anos e voltar à sua rotina. Provavelmente, não fazendo exatamente as mesmas coisas que fazia antes, mas ele encontrará um jeito de trabalhar.


Novo método aumenta os seios usando células-tronco


Técnica, que dispensa silicone e não deixa cicatriz, é indicada especialmente a mulheres

que enfrentam a reconstrução mamária depois do câncer



Novo metódo aumenta os seios usando tecido adiposo da própria mulher


Em 2006, vinte mulheres que haviam retirado parte do seio devido a um tumor se submeteram a uma experiência arriscada no Japão. Elas receberam enxertos de células-tronco nos seios mutilados na esperança de que eles se reconstituíssem. Um ano mais tarde, o cirurgião plástico que liderou o estudo, Keizo Sugimachi, anunciaria radiante no Simpósio de Câncer de Mama em San Diego, nos Estados Unidos, que todas as vinte mulheres não só passavam bem, mas que os seios haviam de fato sido reconstituídos – sem uma gota sequer de silicone. Mais: 79% delas ficaram satisfeitas.

Hoje, o método está se popularizando. A máquina responsável pela “mágica”, chamada de Celution System, foi aprovada para uso em toda a Europa, em julho deste ano. Os Estados Unidos devem seguir o exemplo europeu em 2011 e o Brasil, embora sem previsão de lançamento, não será esquecido – promete a empresa americana Cytori Therapeutics, fabricante da máquina e criadora do método.

Celution System

Líquido enriquecido com células-tronco é extraído do Celution System.

Mesmo criado com o objetivo de ajudar as vítimas de câncer de mama, o procedimento inventando pela Cytori tem inegáveis vantagens estéticas. Reúne dois dos maiores sonhos das mulheres: reduzir a barriga enquanto aumenta os seios. O sistema só se tornou possível depois da descoberta de que a gordura contém células-tronco. Livres de discussões éticas, por não virem de embriões, essas células são retiradas do corpo da própria paciente e são capazes de se transformar em tecidos de todos os tipos, inclusive mamário.

Na experiência criada por Sugimachi, as pacientes passam por uma lipoaspiração e a gordura retirada é tratada com enzimas e centrifugada pela máquina até que as células-tronco sejam isoladas. Depois, essas células são misturadas com uma pequena quantidade de gordura e reinjetadas com seringas nos seios. Por serem células do corpo das próprias pacientes, as novas “próteses” não são rejeitadas nem geram deformações. Não deixam cicatriz (mesmo a cicatriz da lipoaspiração tem apenas três milímetros de diâmetro), não doem no dia seguinte, não tiram a sensibilidade, nem diminuem a capacidade de amamentar. O crescimento do seio não sai de controle – os médicos dizem que é muito difícil que as células se multipliquem de maneira perceptível depois da cirurgia.

Enxertos de gordura nos seios não são novidade – estão no mercado desde 1983. Mas a grande diferença desse novo método é que, como o implante é enriquecido com células-tronco, essas células se incorporam aos tecidos dos seios e atraem os vasos sanguíneos, que irrigam a área e impedem que a gordura se dissolva, como acontecia no procedimento anterior. A técnica já tem sido usada no Brasil, porém, com um nível de enriquecimento muito menor do que o atingido com o Celution System.

Celution System

O Celution System isola as células-tronco contidas na gordura e torna possível que elas sejam usadas na reconstrução da mama pós-câncer.

Câncer de Mama - Como as células-tronco têm potencial para se diferenciar em diversos tipos de células, a comunidade científica resolveu avaliar os riscos da inserção em pacientes que passaram por remoção de tumores. “Em testes, as células-tronco não se desenvolveram em células cancerígenas. O único fator que nos assustava um pouco era a possibilidade de que, aumentando o número de vasos sanguíneos na região, eles eventualmente alimentassem os tumores”, conta Ronaldo Golcman, chefe da Equipe de Urgência de Cirurgia Plástica do Hospital Israelita Albert Einstein. “Mas, mesmo depois de muitos estudos, não há evidência científica de aumento de nenhum tipo no câncer.”

“O grande problema desse método são as limitações que ele apresenta”, comenta Golcman. Para fazer um enxerto de 200 mililitros nas duas mamas é preciso extrair, pelo menos, cinco vezes esse volume em gordura. "Estamos falando de quase um litro. Quantas mulheres tem essa quantidade de gordura para doar com segurança em uma única cirurgia?”, diz. Por essa razão, Golcman duvida que a metodologia possa substituir o silicone por completo nos procedimentos estéticos, mas reitera sua utilidade no que se refere à reconstrução dos seios após a mastectomia – cirurgia de remoção das mamas ou de parte delas, devido ao câncer.

A equipe da Cytori Therapeutics afirma ter o mesmo objetivo. “O nosso foco é ajudar vítimas de câncer de mama a reconstruir os defeitos deixados pela doença”, afirma Tom Baker, porta-voz da empresa. “E com certeza estamos de olho nos cirurgiões e pacientes do Brasil.”







CÉREBRO X SOCIABILIDADE



ESTUDO ASSOCIA ESTRUTURA DO CÉREBRO A SOCIABILIDADE

Imagem computadorizada de um cérebro mostra amígdalas em cor azul; Estudo associa estrutura do cérebro a sociabilidade


Cientistas americanos dizem ter encontrado uma associação entre a sociabilidade de um indivíduo e o tamanho de sua amígdala – pequena estrutura de forma amendoada encontrada no cérebro, e não o órgão na garganta.

O estudo, feito por pesquisadores do Hospital Geral Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, Massachusetts, foi publicado na revista científica Nature Neuroscience.

O trabalho confirma resultados de estudos anteriores, envolvendo outras espécies de primatas, mostrando que animais que vivem em grupos sociais maiores têm amígdalas maiores.

"Sabemos que primatas que vivem em grupos sociais maiores têm uma amígdala maior, mesmo quando se leva em conta o tamanho total do cérebro e do corpo", disse Lisa Feldman Barrett, que chefiou o estudo.

"Consideramos uma única espécie de primata – a humana – e descobrimos que o volume da amígdala se correlacionou positivamente com o tamanho e complexidade de redes sociais em humanos adultos".

Os pesquisadores também analisaram outras estruturas subcorticais dentro do cérebro e não encontraram evidências de um relacionamento similar entre essas estruturas e a vida social de humanos.

Também não foram encontradas associações entre o volume da amígdala e outras variáves sociais na vida de humanos – como índices de satisfação social, por exemplo.

"A associação entre o tamanho da amígdala e o tamanho e complexidade da rede social foi observada tanto em indivíduos mais velhos como mais novos, homens e mulheres", disse Bradford Dickerson, da Escola Médica Harvard, em Cambridge, Massachusetts, outro cientista que participou do estudo.

"E a associação é específica à amígdala, porque o tamanho e complexidade da rede social não foram associados ao tamanho de outras estruturas do cérebro", acrescentou.

Questionários
Os pesquisadores pediram aos 58 participantes do estudo que respondessem perguntas sobre o tamanho e a complexidade de suas redes sociais.

As perguntas se referiam ao número total de contatos sociais regulares que cada participante mantinha, assim como o número de grupos diferentes a que esses contatos pertenciam.

Os participantes, com idades entre 19 e 83 anos, também foram submetidos a exames de ressonância magnética para que os cientistas pudessem obter informações sobre uma série de estruturas presentes no cérebro, incluindo o volume da amígdala.

Barrett disse que os resultados do estudo são consistentes com a "hipótese do cérebro social", uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa.

"Mais pesquisas estão sendo feitas para tentar estabelecer de que forma a amígdala e outras regiões do cérebro estão envolvidas no comportamento social de humanos", ela disse.

"Nós e outros pesquisadores estamos tentando entender também como anormalidades nessas regiões do cérebro podem prejudicar o comportamento social em distúrbios neurológicos e psiquiátricos".

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/12/estudo-associa-estrutura-do-cerebro-sociabilidade.html

EGOCENTRISMO

NESTA ÉPOCAS DE NATAL E FINAL DE ANO, É COMUM ENCONTRARMOS ALGUMAS PESSOAS, QUE SE VOLTAM ESPECIALMENTE AO MATERIALISMO.
RECEBER, PRESENTES, PARECE QUE TORNOU-SE MAIS IMPORTANTE, DO QUE O VERDADEIRO SENTIDO DESTA DATA.
POR ISTO PENSEI EM POSTAR ESTE ASSUNTO




Em uma época marcada por tantas deturpações de personalidade, deve-se considerar que não se tem dado a importância devida ao ego, frente a tantas situações de desarmonia e desvios de condutas éticas e morais. Percebe-se que tem predominado o egocentrismo, que, embora seja constantemente confundido com individualismo, na realidade, trata-se de algo muito mais complexo e comprometedor para a estruturação emocional e psicológica do ser humano. É interessante, portanto, explicitar inicialmente que a própria palavra egoísmo é derivada de um ego doentio, exacerbado, que faz com que a pessoa passe a pensar apenas em si mesma, a desconsiderar os pontos de vista dos outros, valendo-se, exclusivamente, do que entende e acredita como sua verdade. Sendo assim, é desconhecedora da alteridade, que é a possibilidade e a capacidade de se colocar na posição e situação de outrem, de agir de forma desinteressada, já que seus pensamentos, sentimentos e atitudes são sempre voltados para a satisfação de seus próprios interesses. O egoísta traz dentro de si a necessidade premente de ser sempre o melhor em tudo que faz, de ser a pessoa mais interessante do grupo a que pertence, de obter o sucesso incondicional em todos seus empreendimentos. É sempre movido por más intenções, sente inveja dos demais, cobiça as coisas alheias e, por isso, não hesita em buscar sempre uma forma de aniquilar aquele que escolheu como “rival”, utilizando-se, para tanto, de inúmeras artimanhas vis, que não apresentam respaldo moral algum. Odeia ser contrariado e, caso isso venha a ocorrer, certamente irá se sentir muito ofendido e rancoroso com aquele que, segundo seu raciocínio, ousou lhe afrontar. A partir de então, partirá para o confronto, para a vingança, já que é incapaz de compreender os motivos que os outros tiveram para agir de tal forma e nem de analisar suas próprias limitações e incapacidades. Para se afirmar como pessoa necessita vencer, a qualquer preço e, para atingir seu objetivo, não apresenta o menor escrúpulo, vacilo ou remorso em se utilizar de mentiras em situações que envolvam sua responsabilização por atos errôneos cometidos. O que vale para ele é o império de seus desejos e as vantagens que possa vir a obter através da manipulação daqueles que o rodeiam. É óbvio que desconhece e desconsidera qualquer princípio ético, pois, só preocupa em conseguir o que deseja ter e estar satisfeito com relação às suas ambições. Trata-se de um ser humano que está sempre voltado para a conquista do poder, pouco se importando com a forma como ele poderá ser conseguido, tendo em vista que, pensa e age de forma racional e nunca se permite ser levado pelas emoções, não se preocupando jamais com os danos e prejuízos que possa causar a quem quer que seja. Deduz-se, portanto, que é um ser suscetível e predestinado ao sofrimento, pois, pouco aprende com a dor e com o sofrimento, já que suas escolhas são normalmente ditadas por seu ego centrado apenas em si mesmo, não sendo capaz de se envolver e de desenvolver sentimentos maiores e positivos, como a solidariedade, a fraternidade, a humildade e, especialmente, a alteridade.

Família neandertal canibalizada é



encontrada em caverna na Espanha



Segundo pesquisadores, ossos encontrados em caverna indicam que indivíduos foram mortos e comidos por outros neandertais

Arqueólogos descobriram os restos de uma possível família de 12 neandertais que foram mortos há 49 mil anos numa caverna da região de Astúrias, no norte da Espanha.

Segundo os pesquisadores, marcas nos ossos mostram sinais de atividade canibal, indicando que os indivíduos encontrados foram comidos por outros neandertais.

Detalhes da descoberta foram publicados na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.

Apesar de os fragmentos de ossos de seis adultos e seis crianças terem sido encontrados dentro da caverna, os arqueólogos acreditam que eles viviam e foram mortos na superfície, mas que teriam sido envolvidos pela caverna após um desabamento.

Fragmentos de ossos foram encontrados em caverna das Astúrias

Todos eles mostram sinais de canibalismo. Eles têm marcas de cortes em vários ossos, incluindo os crânios e as mandíbulas', disse o arqueólogo Carles Lalueza-Fox, do Instituto de Biologia Evolucionária de Barcelona, que coordenou o estudo.

'Os ossos longos foram fragmentados para tirar o tutano, então todos os sinais de canibalismo que foram descritos em outros locais de neandertais estão presentes nesses indivíduos', afirmou.

Família
A conclusão de que o grupo era uma família vem da análise do DNA mitocondrial, o material genético encontrado nas células animais passado pela linhagem feminina.

Os dados genéticos sugerem que enquanto os três adultos do sexo masculino no grupo tinham a mesma linhagem materna, as três mulheres do grupo tinham origens maternas diferentes.

Segundo os pesquisadores, isso mostraria que pelo menos nesta família de neandertais, as mulheres vieram de fora do grupo, enquanto que os homens permaneceram no grupo familiar ao chegar à idade adulta.

Esse modelo do que é chamado 'patrilocalidade' é comumente visto em algumas culturas modernas, observa Lalueza-Fox, com os homens permanecendo na casa da família após o casamento com uma mulher de outro grupo.