ESCLERODERMIA

A esclerodermia difusa ou generalizada acomete grandes áreas do tegumento e outros órgãos. Com o evoluir da afecção a pele e o subcutâneo tornam-se duras e aderentes dos planos subjacentes, dificultando os movimentos. Às vezes as discromias faciais ou difusas e ulcerações ao nível das saliências ósseas.As lesões podem localizar-se na face e na porção distal das extremidades e associa-se aos fenômenos de Raynaund. Outros órgãos acometidos incluem musculatura esquelética, esôfago, pulmões, miocárdio intestino grosso e delgado, rins etc (BRASILERO, 2000).

A esclerodermia é uma enfermidade multisistêmica com várias complicações. Estima-se que 50% dos pacientes morrem em 5 anos. A mortalidade associada com a doença tem influenciado a decisão cirúrgica, sendo que as opções terapêuticas para as complicações do escleroderma intestinal avançado ainda são limitada. Tem sido considerado que, a despeito dos riscos da doença sistêmica, a mortalidade pode ser diminuída com abordagem cirúrgica precisa, como em quadros com crises intra-abdominais freqüentes (CARDOSO ET AL, 2006

O diagnóstico de esclerodermia pode ser suspeitado quando o paciente apresenta fenômeno de Raynaund associados a achados de anormalidades capilares da prega ungreal típicas da esclerodermia e/ou anticorpos específicos da esclerodermia mesmo na ausência de alterações cutâneas habituais (GOLDMAN e AUSIELLO, 2005).


A esclerodermia começa de forma insidiosa com o fenômeno de Raynaud e inchação das mãos. A pele e os tecidos subcutâneos ficam cada vez mais endurecidos e rígidos, não podendo ser pinçados e elevados das estruturas subjacentes. A pele fica seca porque há supressão da secreção sudorípara na região afetada. Os membros enrijecem e perdem a mobilidade. A condição dissemina-se com lentidão; durante anos, essas alterações podem permanecer localizadas nas mãos e nos pés (SMELTZER & BARE, 2006).


Segundo Robbins (2000), a esclerose sistêmica é uma doença de causa desconhecida. O deposito excessivo de colágeno, a marca da esclerose sistêmica, resulta de múltiplos fatores interativos que levam, finalmente, à produção de uma variedade de fibroblastos e lesão endotelial vascular. Embora a esclerose sistêmica seja caracterizada por fibrose difusa, não há nenhuma evidência de um defeito primário nos fibroblastos ou colágeno. Parece haver um consenso geral entre os especialistas de que a fibrose é secundária a uma ativação anormal do sistema imune. Propõe- se que células T-CD4+, respondendo a um antígeno ainda não identificado, se acumulam na pele e liberam citocinas que recrutam células inflamatórias, incluindo mastócitos e macrófagos.


De acordo com Robbins (2000) uma doença microvascular está constantemente presente no início da evolução da esclerose sistêmica. A fibrose da íntima é evidente em 100% das artérias digitais dos pacientes com esclerose sistêmica. Dilatação e destruição capilares também são comuns. As alças capilares nas pregas ungueais estão distorcidas na evolução inicial da doença e, depois, desaparecem. Sinais indicativos de lesão endotelial e aumento da ativação plaquetária também forma observados. No decorrer do tempo estreitamento difusa da microvasculatura também acarreta lesão isquêmica. A possibilidade de a lesão endotelial também ser iniciada por efeitos tóxicos de fatores desencadeantes ambientais permanecem certa , mas não pode ser excluída definitivamente. Embora se acredita que a fibrogênese e lesão vascular mediada por células T sejam importantes na patogenia da esclerose sistêmica, há evidências abundantes de ativação excessiva também na imunidade humoral.


BIBLIOGRAFIAS UTILIZADAS


http://www.webartigos.com/articles/


BRASILEIRO, Geraldo Filho. Bogliolo patologia. Rio de Janeiro: Guanabara e Koogan, 2000.6ªed.

CARDOSO, Juliana Mendes et al . Semi-obstrução intestinal por esclerodermia: relato de caso. Rev bras. colo-proctol. , Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, 2006 . Disponível em: Abr 2008.

DA SILVA, H.C. et al . Estudo da densidade óssea na esclerodermia sistêmica. Rev. Assoc. Med. Bras. , São Paulo, v. 43, n. 1, 1997 . Disponível em: Abr 2008.

FRANCISCO, Marina Celli et al . Desfecho da gravidez em portadoras de esclerodermia difusa e limitada. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. , Rio de Janeiro, v. 27, n. 10, 2005 . Disponível em: Abr 2008.

GOLDMAN, Lee; Dennis Ausiello. Cecil – Tratado de medicina interna. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 22ªed.

GUIDOLIN, Fernanda et al . Prevalência de achados cutâneos em portadores de esclerose sistêmica: experiência de um hospital universitário. An. Bras. Dermatol. , Rio de Janeiro, v. 80, n. 5, 2005 .Disponível em: Abr 2008.

LIMA, Ricardo Barbosa. Doenças da pele.2006. Disponível em : www.dermatologia.net. Acesso em: 15/04/08.

NOGUEIRA, Maria Susana Queiroz. Esclerodermia. 2001.Disponível em: http://www.brasilmedicina.com.br/especial/der_t2s4.asp. Acesso em: 23/04/08.

PARSLOW, Tristam G.; Daniel P. Stetes; Abba L. terr; John B. Imbodem. Imunologia médica. Rio de janeiro: Guanabara e Koogan, 2004. 10ª Ed.

ROOBINS Stanley L; Ramzi S. Cotran.; Vinay Kumar; Fucher Collins. Robbins – patologia estrutural e funcional. Rio de Janeiro: Guanabara e Koogan, 2000. 6ªed.

SMELTZER, Suzanne C.; Bremda G. Bare. Brunner & Suddarth – Tratadado de enfermagem médico cirúrgica. Rio de janeiro: Guanabara e koogan, 2006. 10ªed.

STEVENS, Alan; James Lowe. Patologia.Barueri, SP: Manole, 2002. 2ªed.



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CASOS CLÍNICOS



MEDICINA HIPERBÁRICA EM PASSO FUNDO - RS


Indicações da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica

Indicações Médicas

Para permitir a identificação de todos os pacientes com efetiva indicação, foi elaborado a atualização e o detalhamento das indicações iniciais, na seqüência abaixo, a partir da considerável experiência clinica acumulada sendo, a recomendação oficial complementar da SBMH ( Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica ). As indicações clinicas estão agrupadas por especialidades.

Cirurgia Geral e Gastroenterológica:

1. Isquemia da incisão cirúrgica;

2. Infecção do sitio cirúrgico;

3. Deiscência da incisão cirúrgica;

4. Peritonite purulenta não cirúrgica;

5. Íleo paralítico refratário;

6. Pancreatite aguda;

7. Retocolite ulcerativa em atividade;

8. Doença de Crohn fistulizada;

9. Fistulas enterocutâneas;

10. Complicações de cirurgias orificiais ;

11. Isquemia hepática pós-transplante;

12. Abscessos múltiplos de órgãos parenquimatosos;

13. Pós punção de abscessos de partes moles (pescoço, retroperitônio);

14. Pneumatose intestinal;

15. Cistite hemorrágica por adenovírus.

Traumas:

1. Traumas isquêmicos de extremidades (esmagamentos, desenluvamentos, fraturas expostas, perdas de substancias, rupturas de vasos e Síndrome Compartimental);

2. Traumas em locais previamente comprometidos (áreas necróticas, isquêmicas, irradiadas, etc.);

3. Traumas em áreas nobres: face, pescoço, mamas, períneo, genitália, mãos e pés;

4. Traumas com infecção secundária;

5. Progressão por lesões traumáticas iniciais

6. Lesões por abrasão de pele

7. Acidentes por agentes biológicos (mordedura de animais – aranhas, cobras e insetos, etc.);

8. Pneumoencéfalo e pneumocrânio.

Infecções:

1. Infecções bacterianas de partes moles: aeróbias e anaeróbias, abscedantes e/ou necrosantes (ex: impetigo disseminado, piodermite gangrenosa, piomiosite, etc.);

2. Erisipela;

3. Micoses invasivas ( Actinomicose, Mucormicose, etc);

4. Osteomielites primárias com má resposta ao tratamento;

5. Hanseníase em casos selecionados;

6. Otites médias, externas e mastoidites de evolução crônica, otite externa maligna;

7. Epidermólise bolhosa;

8. Infecções bacterianas secundárias a doenças virais (varicela, herpes zoster);

9. Fasceítes Necrotizantes (Incluindo Síndrome de Fournier)

Feridas (Aspectos clínicos de elegibilidade para tratamento com OHB com um ou mais critérios abaixo relacionados):

1. Infecções refratárias/germes multi-resistentes:

2. Locais nobres e/ou de riscos: face, pescoço, períneo, genitália, mãos e pés;

3. Perda de enxerto ou retalho prévio;

4. Fundo pálido (isquêmico);

5. Osteomielite asssociada;

6. Possibilidade de amputação;

7. Presença de fístula;

8. Ausência de sinais de cicatrização;

9. Fundo irregular;

10. Feridas em locais previamente comprometidos (áreas necróticas, fibróticas, isquêmicas, irradiadas, etc).

11. Feridas extensas e/ou profundas

Doenças Vasculares (Adjuvante ao tratamento clínico ou cirúrgico):

1. Doenças arteriais obstrutivas periféricas com feridas isquêmicas;

2. Arteriopatias inflamatórias: tromboangeites obliterantes, arterites por colagenoses, e arterites infecciosas;

3. Pé diabético;

4. Úlceras venosas;

5. Linfangite associadas a lesões cutâneas;

Ortopedia e Traumalologia:

1. Fraturas expostas em casos selecionados;

2. Osteomielites hematogênicas, pós cirúrgicas e pós fraturas;

3. Artrites sépticas;

4. Pseudartrose com ou sem infecção;

5. Cirurgia de prótese infectada;

6. Cirurgia ortopédica infectada;

7. Necrose asséptica de cabeça de fêmur;

Cirurgia Plástica:

1. Queimaduras térmicas, elétricas e químicas;

2. Ferimentos de difícil cicatrização;

3. Enxertos e retalhos comprometidos ou de risco;

4. Celulites, fascilites e miosites , após cirurgia plásticas reparadoras e estéticas ( mamas, abdômen e lipoaspiração);

5. Infecções necrosantes de tecidos moles após procedimentos invasivos estéticos (como injeção ou aplicação de produtos biológicos autólogos, produtos sintéticos e semi-sintéticos para preenchimentos);

6. Deiscências de cirurgias comprometendo o resultado estético;

7. Pacientes com alto risco de complicação (diabéticos, tabagistas e etc.) objetivando prevenir o sofrimento tecidual.

8. Diminuição de edemas e seromas pós-operatório em casos selecionados.

Lesões Actínicas:
A OHB, por sua ação única sobre os tecidos humanos pós irradiados (principalmente pelo efeito neo-angiogênico) é o único tratamento capaz de recuperar significativamente e de forma duradoura estes tecidos, sendo indicadas nos seguintes casos:

1. Dermatite actinica

2. Miosites actínicas

3. Retite actínica

4. Cistite actínica

5. Neuropatia actinicas em casos selecionados

6. Mielite e encefalite actinicas em casos selecionados.

7. Implantes em tecidos comprometidos

OBS: Está comprovado que o uso de OHB não aumenta o potencial de aparecimento nem o crescimento tumoral.


Classificações e Protocolos

Classificação de lesões por critério morfológico funcional

( Universidade de São Paulo / USP)

A SBMH recomenda a adoção desta classificação com o objetivo de padronização.
A. Lesões /infecções/necroses de partes moles por trauma ou espontâneas

B. Complicações/Deiscências de cirurgias/Enxertos

C. Lesões de partes moles + fraturas com ou sem amputação

D. Pés /Pernas diabéticas

E. Osteomielites crônicas

F. Queimaduras térmicas/ elétricas/ químicas

G. Úlceras crônicas em membros inferiores

H. Gangrenas gasosas/ Outras lesões com gás

I. Úlceras ( escaras) sacrais/ trocantéricas

J. Gangrenas de Fournier

L. Outras ( lesões que não se enquadram em nenhuma classificação)

M. Chron/ Retocolite ( com fístulas ou hemorragias)

N. Surdez súbita/ Outras manifestações agudas de ouvido

O. Lesões/ Infecções/ Necroses de partes moles por isquemias crônicas agudizadas

P. Osteorradionecrose

Protocolos:

O tratamento é realizado em sessões com duração de 90 a 120 minutos, com pressão variando de 2 a 3 ATA, sempre a critério do médico hiperbarista. As sessões poderão variar desde uma a três por dia e dependendo da fase do tratamento poderá ser empregado o uso de sessões em dias alternados.



CONTRA - INDICAÇÕES


Algumas são absolutas e outras relativas, dependendo de aspectos e circunstâncias específicas.


  • Pneumotórax não drenado ou história de pneumotórax expontâneo (absoluta);
  • Infecções das vias aéreas superiores/sinusites crônicas;
  • Infecções virais;
  • Cirurgias torácicas prévias recentes;
  • História de convulsões;
  • Neoplasias;
  • Febre alta;
  • Esferocitose Congênita;
  • Anestesia Peridural há menos de 6 horas;
  • Terapêutica com Doxorrubicina (absoluta);
  • Gravidez;
  • Neurite óptica;
  • Cirurgia otorrinolaringológica recente;
  • Enfisema pulmonar.





Atividades sob condições Hiperbáricas



Atividades sob condições hiperbáricas estabelece as condições mínimas de equipamento e pessoal para o atendimento dos acidentes sob condições hiperbáricas que ocorrem com trabalhadores formais e informais em atividades submersas ou em contrução civil.

Características do Serviço Médico Hiperbárico:
  • Instalação adequada da câmara (elétrica / gases / supressão de incêndio).
  • Equipe medica e de apoio com conhecimento de tratamento de acidentes descompressivos.
  • Dispor, no serviço, das tabelas de tratamento, para consulta imediata.
  • Obedecer a NR 15, anexo 6, quanto ás instruções de tratamento com as tabelas de recompressão terapêutica e fluxogramas existentes.
  • Em caso de doenças disbáricas, utilizar preferencialmente câmaras multiplaces.
  • Somente em situações de impossibilidade real de acesso à câmara multiplace, confugirando emergência médica, poderá ser utilizada a câmara monoplace, plea técnica de Hart-Kindwall, mesmo não estando previsto na legislação relacionada.
  • Existência no serviço de todo o material para o atendimento de emergência e suporte avançado de vida.
  • Suprimento de gás e oxigênio conforme o estabelecido na NR 15.
  • Disponibilidade em tempo integral com fácil acionamento da equipe para o caso de atendimento emergencial.
  • Os testes de aptidão somente poderão ser realizados em câmaras multipacientes sob a orientação de medico do trabalhado com habilitação em medicina Hiperbárica.

Recomendações Gerais:

Atendimento inicial

Proceder às medidas iniciais de atendimento (inicio imediato) paralelamente ao encaminhamento para a câmara de recompressão:
Monitorização das funções cardio-circulatórias e respiratórias;
Administração de 100% de oxigênio;
Hidratação endovenosa adequada;
Coleta de dados referentes ao mergulho (perfil do mergulho);
Exame neurológico, inclusive com avaliação das funções vestibular e auditiva;

Empregar Tabela de Tratamento de acidentes de mergulhos e trabalhos submersos de acordo com avaliação clinica inicial e avaliações sucessivas no decorrer do tratamento.
No caso de impossibilidade de realizar no local o tratamento de recompressão, entrar em contato com o serviço hiperbárico habilitado de referencia.

Recomendações pós-tratamento:

Manter paciente sob observação, internando em hospital dependendo da gravidade dos sintomas.
Reavaliação após 24 horas e mergulhos e trabalhos submersos por pelo menos duas semanas após a alta.


MEDICINA HIPERBÁRICA EM PASSO FUNDO - RS


Resolução CFM-1457/95



O Conselho Federal de Medicina, no uso da atribuição que lhe confere a Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e
CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina, em conjunto com os Conselhos Regionais de Medicina, constitui o órgão supervisor e fiscalizador do desempenho profissional dos médicos em todo o país;
CONSIDERANDO o surgimento de novas técnicas e procedimentos de pesquisa em medicina, cuja aplicação implica na fiel observância dos preceitos contidos no Código de Ética Médica;
CONSIDERANDO a necessidade de se estabelecer uma correta definição sobre as características e fundamentos da Medicina Hiperbárica;
CONSIDERANDO a oxigenoterapia hiperbárica (OHB) como procedimento terapêutico consagrado nos meios científicos e incorporado ao acervo de recursos médicos, de uso corrente em todo o País;
CONSIDERANDO o decidido na Reunião Plenária de 15 de setembro de 1995,

RESOLVE:

Adotar as seguintes técnicas para o emprego da OHB.

I - DISPOSIÇÕES GERAIS

1.1 - A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) consiste na inalação de oxigênio puro, estando o indivíduo submetido a uma pressão maior do que a atmosférica, no interior de uma câmara hiperbárica;
1.2 - As câmaras hiperbáricas são equipamentos resistentes a pressão e podem ser de dois tipos - multipaciente (de maior porte, pressurizada com ar comprimido e com capacidade para várias pessoas simultaneamente) e o monopaciente (que permite apenas a acomodação do próprio paciente, pressurizada, em geral, diretamente com 02);
1.3 - Não se caracteriza como oxigenoterapia hiperbárica (OHB) a inalação de 100% de 02 em respiração espontânea ou através de respiradores mecânicos em pressão ambiente, ou a exposição de membros ao oxigênio por meio de bolsas ou tendas, mesmo que pressurizadas, estando a pessoa em pressão ambiente.

II - INDICAÇÃO

2 - A indicação da oxigenoterapia hiperbárica é de exclusiva competência médica.

III - APLICAÇÃO

3 - A aplicação da oxigenoterapia hiperbárica deve ser realizada pelo médico ou sob sua supervisão;
4 - As aplicações clínicas atualmente reconhecidas da oxigenoterapia hiperbárica são as seguintes:
4.1 - Embolias gasosas;
4.2 - Doença descompressiva;
4.3 - Embolias traumáticas pelo ar;
4.4 - Envenenamento por monóxido de carbono ou inalação de fumaça;
4.5 - Envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos;
4.6 - Gangrena gasosa;
4.7 - Síndrome de Fournier;
4.8 - Outras infecções necrotizantes de tecidos moles: celulites, fasciites e miosites;
4.9 - Isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, reimplantação de extremidades amputadas e outras;
4.10 - Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas (aracnídeos, ofídios e insetos);
4.11 - Queimaduras térmicas e elétricas;
4.12 - Lesões refratárias: úlceras de pele, lesões pé-diabético, escaras de decúbito, úlcera por vasculites auto-imunes, deiscências de suturas;
4.13 - Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de mucosas;
4.14 - Retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco;
4.15 - Osteomielites;
4.16 - Anemia aguda, nos casos de impossibilidade de transfusão sangüínea.

IV - TRATAMENTO

5 - O tratamento deve ser efetuado em sessões, cuja duração, nível de pressão, número total e intervalos de aplicação são variáveis, de acordo com as patologias e os protocolos utilizados.
Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília-DF, 15 de setembro de 1995.

WALDIR PAIVA MESQUITA
Presidente

ANTÔNIO HENRIQUE PEDROSA NETO
Secretário-Geral

Publicada no D.O.U. de 19.10.95 - Seção I - Página 16585.
Publicada no D.O.U. de 30.11.95 - Seção I - Página 19829.




MEDICINA HIPERBÁRICA EM PASSO FUNDO - RS

CONCEITO


A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) consiste na inalação de oxigênio medicinal a 100%, com pressão superior à pressão atmosférica, no interior de uma câmara hiperbárica.

As doenças que respondem a essa modalidade de tratamento são aquelas cujas alterações teciduais envolvem hipóxia, isquemia, inflamação, infecção e alterações auto-imunes.


MECANISMO DE AÇÃO

Em ambiente hiperbárico, a dissolução do oxigênio no plasma (que normalmente é desprezível) aumenta muito, podendo chegar a uma quantidade equivalente ao consumo total de oxigênio do corpo humano, isso sem utilizar o transporte das hemácias, somente o plasma. Dessa forma, consegue-se de imediato hiperoxigenação tecidual, além de vasoconstrição e redução do líquido intersticial acumulado (edema).

Além disso, existem outros efeitos já comprovados da OHB como modulação inflamatória, redução de radicais livres de oxigênio e ativação das defesas antibacterianas celulares e teciduais. Há estímulo à reparação tecidual, com proliferação de fibroblastos, neovascularização e epitelização das áreas cruentas.



EFEITOS FISIOLÓGICOS E METABÓLICOS



Alterações Hemodinâmicas

A hiperóxia hiperbárica tem efeito vasoconstritor peculiar na maioria dos tecidos.
Esse efeito é devido ao controle vasomotor intrínseco, com pouca influência dos mecanismos centrais.

Ocorre vasoconstrição generalizada, sendo exceção a circulação pulmonar, uma vez que a hiperóxia hiperbárica provoca vasodilatação pulmonar.

A vasoconstrição prevalece em maior ou menor grau conforme o tipo de tecido, provocando aumento da resistência vascular periférica e deslocando a volemia sangüínea para os vasos de capacitância, diminuindo, assim, o retorno venoso.

A hiperóxia induz à diminuição da freqüência cardíaca.

A combinação desses efeitos reduz o débito cardíaco, em aproximadamente 20 a 30% com pressurização de 3ATA.

Embora a resistência vascular periférica aumente com o procedimento da oxigenoterapia hiperbárica, a pressão arterial é mantida, devido à diminuição proporcional do débito cardíaco.

Alterações Neuro-Endócrinas

As alterações do sistema nervoso central (SNC) em hiperóxia hiperbárica inicialmente correspondem ao período de ativação, que ocorre entre 60 a 90 minutos na pressão de 2 a 3ATA.

Testes cognitivos e perceptivos, realizados em pacientes submetidos à OHB, demonstraram melhor desempenho após o tratamento.

A hiperóxia hiperbárica ativa a formação reticular do SNC, com manifestações ascendente e descendente.

A manifestação descendente se relaciona a maior excitabilidade medular, provocando aumento do tônus muscular.

A ativação ascendente da formação reticular provoca alterações endócrinas, através do eixo hipotálamo-hipófisário, com liberação de hormônio adeno-córtico-trófico (ACTH), levando ao aumento de corticóides adrenais e, por meio da estimulação direta do córtex adrenal, também da epinefrina.

Normalmente, a aplicação da OHB, com rigor terapêutico, exige atenção clínica sobre essas alterações apenas em pacientes suscetíveis.

Nos pacientes sujeitos a exposições nos limites máximos de OHB os efeitos neuro-endócrinos serão exacerbados, sobrevindo sintomas neurotóxicos.

Alterações Metabólicas

O consumo global de oxigênio em hiperóxia hiperbárica mantém-se inalterado.

Isso acontece porque, durante os 30 a 60 minutos iniciais de exposição, o oxigênio se difunde por todos os tecidos corporais, até saturá-los, substituindo o nitrogênio, neles impregnados, que é eliminado por difusão. Se forem efetuadas medidas de consumo de oxigênio nessa fase, o O2 estará aparentemente aumentado.

No estado de hiperóxia hiperbárica a hemoglobina presente no sangue venoso pode estar parcial ou totalmente saturada de O2.

Os cerca de 20% do dióxido de carbono (CO2), que seriam transportados pela hemoglobina, serão dissolvidos no plasma, formando maior quantidade de ácido carbônico, havendo, portanto, acréscimo a ser tamponado pelo sistema de bicarbonato.

Existindo suficiência deste mecanismo, não ocorrerão alterações significativas do pH ou pCO2 (pressão parcial de CO2) sangüíneos.

No metabolismo ocorrem, ainda, reações pró-oxidantes e antioxidantes, que devem ser mantidas em equilíbrio, impedindo que o excesso de oxidação ou comprometimento do sistema de proteção antioxidante possam lesionar células íntegras. O conjunto desses mecanismos é denominado metabolismo oxidativo.

A maior concentração de oxigênio, proporcionada pela hiperóxia hiperbárica, aumenta a formação de radicais ativados de O2, estimulando as reações oxidativas e sistemas antioxidantes.

Essas mesmas manifestações podem ocorrer na exposição prolongada ao oxigênio a 100% em pressão normobárica, no entanto, de forma mais rápida e pronunciada na OHB.

Há, entretanto, efeitos tóxicos peculiares da oxigenoterapia hiperbárica, como alterações neurológicas, que não ocorrem em hiperóxia normobárica.

As alterações do balanço oxidativo produzidas pela hiperóxia hiperbárica, podem ser avaliadas pela dosagem de enzimas antioxidantes pulmonares.











A Medicina Hiperbárica é o ramo da Medicina responsável pelo estudo, pelas normas de prevenção e segurança e pelo tratamento de todas as patologias causadas pelos ambientes pressurizados; como também todas as situações patológicas que se beneficiam com oxigênio sob pressão.
O ser humano sempre se sentiu atraído pelo fascínio exercido pelo mar, e na tentativa de provar novos riscos e desafiar o perigo desde épocas remotas se aventurou na atividade de mergulho.Ao pesquisar livros da história antiga, observamos que já por volta de 4.500 antes da era cristã já existiam homens que se dedicavam a esta atividade com intuito de buscar alimentos, atividades comerciais através da coleta de pérolas e conchas, e também com finalidade bélica, para danificar naus inimigas. Relatos históricos revelam que o imperador Xeres, por volta de 400 antes de Cristo mandava seus mergulhadores atacar e sabotar embarcações inimigas.Com a possibilidade desses homens em se manter por um tempo mais prolongado submersos, e em profundidades cada vez maiores, começou-se a perceber algumas alterações físicas até então desconhecidas. Coube a Aristóteles, em 300 antes de Cristo, o primeiro relato sobre a descrição da ruptura de membrana timpânica em mergulhadores da época, o que hoje sabemos ser o barotrauma de ouvido médio.Porem alguns séculos se passaram, ocorrendo com certeza inúmeros acidentes de descompressão, inclusive com muitas mortes e incapacitações físicas, até que no ano de 1670 Robert Boyle utilizando-se de cobras como cobaias, colocadas dentre de caixas hermeticamente fechadas e pressurizadas com bombas pneumáticas, após descompressões bruscas, constatou o aparecimento de bolhas de gás na câmara anterior dos olhos desses animais.



Desse modo, foi o primeiro relato conhecido sobre os efeitos deletérios da descompressão brusca.
Quase 150 anos mais tarde, Lorde T. Alejandro Cochrane desenvolveu um sistema pneumático que permitiu ao engenheiro francês, Triger, em 1841, fazer a primeira descrição de toda sintomatologia da doença descompressiva, em trabalhadores de uma mina de carvão que se utilizavam dos "caixões pneumáticos" no intuito de se evitar as inundações do local de trabalho.

Na história da Medicina Hiperbárica houve um cientista brasileiro, mundialmente conhecido e reconhecido como tendo contribuído em muito para o desenvolvimento desta área médica. Infelizmente totalmente desconhecido para nós, brasileiros.
Estou me referindo ao Dr. Álvaro Ozório de Almeida (1882 - 1952), médico sanitarista, Diretor de Higiene e Saúde Pública na cidade do Rio de Janeiro.


Dr.Álvaro Ozório
Após um período de estudos no Instituto Pasteur em Paris, o Dr. Álvaro retornou à cidade do Rio de Janeiro e montou seu centro de pesquisas e tratamentos em câmara hiperbárica no Hospital Gaffrée e Guinle.

Em 1934 publicou seu primeiro trabalho sobre a intoxicação do oxigênio hiperbárico e em pacientes portadores de câncer, submetidos à radioterapia e oxigenoterapia hiperbárica.
Publicou também, brilhantes trabalhos na área de Medicina Hiperbárica, em tratamento coadjuvante em queimaduras, gangrena gasosa e nos lepromas de portadores de Doença de Hansen.Este foi sem dúvida nenhuma um grande salto científico da Medicina Hiperbárica.
O segundo grande salto, ocorreu em 1956, quando o médico holandês, Dr. Ite Boerema após várias experiências realizadas em porcos, publicou no Journal Cardiovascular Surgery o trabalho intitulado "Life Without Blood".



Durante todos esses anos centenas de trabalhos foram publicados, mostrando e comprovando a toda classe médica os efeitos e benefícios da Medicina Hiperbárica.
A Oxigenoterapia Hiperbárica é a parte da Medicina Hiperbárica que se utilizada das câmaras hiperbáricas para tratamento de todas as situações patológicas indicadas para tal, com o paciente em seu interior respirando oxigênio puro (aproximadamente 100% de pureza).



REMUNERAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS



1. OHB

O procedimento de oxigenoterapia hiperbárica consta da CBHPM com o código 2.01.04.18-9 e é parte integrante do rol de procedimentos mínimos da ANS, a partir de janeiro de 2010.

REMUNERAÇÃO PELA CBHPM (atualizada em 2010)

Porte 5B = R$ 243,00.

Custo operacional = 9,21 x UCO ( R$ 12,67) = 116,69

Valor da sessão de OHB = R$ 359,69

O valor gasto de oxigênio pode ser fator de negociação com a fonte pagadora, visto que é impossivel um nivelamento de consumo versus custus de oxigênio cabendo aos serviços formualarem planilhas de custos do oxigênio.
Não se inclui no honorário médico cobrança da consulta médica inicial para avaliação, assim como curativos realizados durante o tratamento.

Observação: A CBHPM é classificação bem elaborada por varias entidades com AMB, CFM, FIPE, permitindo uma laeabilidade na negociação dos serviços em relação aos custos operacionais. A cobrança de valores abaixo da banda mínima da CBHPM são consideradas preços vis, ferindo o código de ética médica.

-Incluir cobrança de avaliação medica inicial e de acompanhamento dos pacientes em tratamento hiperbárico (a cada 10 sessões) equivalente ao valor da consulta da CBHPM, nos pacientes internados - consulta hispitalar, nos outros consulta ambulatorial.

-Cobrar curativos realizados (material + medicamentos + procedimento).

2. Testes de pressão

O valor de 02 (duas) vezes o de uma sessão de OHB por trabalhador, com o mínimo de 03 (três) trabalhadores (no caso de um ou dois trabalhadores é cobrado o valor de três).

3. Tratamento de doença descompressiva e embolia traumática pelo ar

O valor de duas sessões de OHB por hora de sessão de recompressão.

4. Responsabilidade médica técnica para empresa de mergulho profissional

O valor de 09 (nove) sessões de OHB por mês.

5. Livro de mergulho e avaliação de mergulho

Uma sessão de OHB

6. Sobreaviso para empresas de ambientess hiperbáricos

Uma sessão por dia

Humor também dá o tom para a Jornada Nacional

Crédito: Tiago Lermen

Durante os debates no Circo da Cultura os telões mostram a todo instante os desenhos do cartunista Paulo Caruso revelando seu olhar sobre os participantes e as situações que eles abordam. O público se diverte bastante com a criatividade do humorista, participante semanal do Roda Viva, na TV Cultura.

Outro destaque na área de humor é a mostra Era Lula agora é Dilma, com trabalho dos cartunistas, que são irmãos gêmeos, Chico e Paulo Caruso, e do colega de profissão Aroeira. A exposição pode ser conferida no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF) até amanhã. O conjunto de cartoons aborda a transição dos governos de Lula e Dilma, fazendo referência a fatos recentes da política brasileira e do cotidiano com humor e inteligência. Relações entre políticos e
partidos e até mesmo os "0s pôneis malditos" estão entre os assuntos abordados nos desenhos, tão ricos em detalhes que podem ser considerados obras de arte.

http://14jornadadeliteratura.blogspot.com/2011/08/humor-tambem-da-o-tom-para-jornada.html

14ª JORNADA NACIONAL DE LITERATURA - PASSO FUNDO - RS


No debate sobre "Diálogo, mídias e convergências", no Circo da Cultura, Edney Silvestre citou trecho do livro “Reparação”, de Ian McEwan, que descreve uma personagem em Londres tentando chegar a um lugar. Ela tem o nome da rua onde quer chegar, mas quando sai à sua procura, percebe que todos os nomes de ruas foram apagados das placas. Então, ela consegue um mapa antigo, mas o pedaço que contém a parte da cidade que precisa acessar está rasgada. “Eu me sinto da mesma forma atualmente. Sei onde quero chegar, mas não sei o caminho”, concluiu Edney. Logo depois do debate ele foi autografar seu livro "Se eu fechar os olhos" (Record) vencedor do Prêmio Jabuti.


73 - A Laranja Irritante: Mamãe e Eu (upload original)


Adoro estes vídeos p/ dar umas boas risadas


A laranja irritante 1 - Hey apple (LEGENDADO PT-BR)

Não Faz Sentido! - Mídias Sociais



Ele pode falar um monte de palavrões, mas é um jovem,
que tem visão das coisas.

Coisas que Gostaríamos de Dizer - Bala de Troco


A verdade, é que se todos nós fizéssemos assim,
não receberíamos mais troco em balinhas.


Coisas que Gostaríamos de Dizer - No Elevador

Andrea Bocelli Live - Cuando Me Enamoro (2006)


MUITO SHOW ESTA MÚSICA, ESTA VOZ, ESTE HOMEM!

ANDREA BOCELLI E SARAH BRIGHTMAN TIME TO SAY GOOD BYE CON TE PARTIRO


UM BOM FINAL DE SEMANA, P/ MEUS LEITORES


arteriovenous fistula


CIRURGIA PARA REALIZAÇÃO DA FAV -
FÍSTULA ARTERIOVENOSA, PARA REALIZAR
A HEMODIÁLISE




CATETER - BATE PAPO - WWW.ARTEDEVIVER.COM


Video sobre Hemodiálise parte 1


Video sobre Hemodiálise parte 2


Video sobre Hemodiálise parte 3



Video sobre Hemodiálise parte 4

BIOLOGIA AULA 19 -- SISTEMA URINÁRIO Parte 1

FORMAÇÃO DA URINA

BIOLOGIA AULA 19 -- SISTEMA URINÁRIO Parte 2

O INCRÍVEL MUNDO DOS RINS!


NESTE VÍDEO VOCÊ CONHECERÁ UM POUQUINHO
DO FUNCIONAMENTO DOS RINS.

TRATAMENTO DE FERIDAS COMPLEXAS À VÁCUO

TRATAMENTO DE FERIDAS COMPLEXAS - JORNAL NACIONAL (GLOBO)



NOVA TÉCNICA FAZ CURATIVO A VÁCUO BARATO PARA FACILITAR CICATRIZAÇÃO


Estratégia foi desenvolvida no Hospital Universitário da USP.
Custo semanal cai de R$ 3.000 a R$ 4.000 para R$ 30.



Da escova usada para lavar as mãos é aproveitada a esponja esterilizada. As mangueiras plásticas e a rede de vácuo são as mesmas sobre os leitos de qualquer hospital. Foi com materiais simples que o médico Fábio Kamamoto desenvolveu um curativo capaz de mudar a vida dos pacientes.

Carlos correu o risco de perder a perna depois de um acidente de moto. O corte profundo e infeccionado não cicatrizava. O quadro mudou em sete dias com o uso do novo curativo. Foi um alívio? "Com certeza, porque eu podia perder minha perna, né? Graças a esse curativo eu estou com ela aí, firme e forte para outra", diz.

Kamamoto demonstra como o curativo funciona. Feridas provocadas por acidentes, queimaduras ou diabetes são cobertas pelas esponjas e envolvidas com plástico adesivo. Um tubo ligado à rede de vácuo faz uma sucção constante. Essa drenagem impede infecções e promove a multiplicação de vasos e a regeneração do tecido.

A novidade ajudou João a se livrar do corte de uma cirurgia complicada que não fechava. "Depois de três dias que foi instalado esse sistema, você já percebe a diferença, que o corte vai se fechando, porque ele fecha de dentro para fora."

O curativo a vácuo desenvolvido aqui no Hospital da Universidade de São Paulo tem o mesmo resultado do similar importado usado em hospitais particulares. O que muda, e muito, é o preço -- que faz uma grande diferença na hora de tratar quem não pode pagar.

De R$ 3 mil a R$ 4 mil por semana, o preço dos curativos cai para cerca de R$ 30. O sistema, aperfeiçoado com ajuda de engenheiros da Escola Politécnica, foi patenteado e já pode ser usado por qualquer um que precisar.

"A ideia é divulgar conhecimento, difundir um tratamento que vai ser mais eficiente, que vai ter um custo mais acessível para todas as pessoas do país inteiro", diz Kamamoto.

Hospitais que se interessem podem entrar em contato com o Hospital Universitário da USP, que se dispõe a dar o treinamento necessário. Interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3091-9200. O Hospital Universitário da USP fica na Avenida Professor Lineu Prestes, nº 2565, na Cidade Universitária, em São Paulo.


Pesquisadores brasileiros fazem curativo com plasma de sangue humano


Pesquisadores brasileiros desenvolvem curativo


natural




Matéria-prima para medicamento tem origem em sangue doado.

Curativo ajuda no tratamento de feridas de cicatrização difícil.



Pesquisadores brasileiros descobriram um curativo natural para tratamento de feridas de cicatrização difícil. O medicamento é feito de sangue humano.

O produto é fruto de uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Hematologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), de Botucatu.

O medicamento tem um diferencial inovador: 100% da matéria-prima tem origem em sangue doado.

“O que nutre todos os tecidos o organismo é o sangue, então haveria de estar nele a resposta para uma ferida”, disse Elenice Deffune, pesquisadora da Unesp.

O sangue passa por uma máquina que divide o material em três partes: hemácias, usadas em transfusões; plaquetas, para tratamento de leucemia; e o plasma, que na maioria das vezes era descartado. E é justamente o plasma a fonte do novo remédio.

A principal função do produto é estimular o organismo a conter a ferida. A ação das proteínas que estão presente no gel ajuda na regeneração dos vasos sanguíneos, na formação de nova pele e no fechamento da lesão.

“São substâncias que interagem com a própria química do organismo”, afirma Rosana Rossi Ferreira, pesquisadora da Unesp.

O gel está em fase de testes, mas logo deve ser comercializado. “Ele é economicamente viável e é cientificamente lógico”, diz Elenice.

A auxiliar de enfermagem Conceição Marfil sofreu com úlceras nas pernas durante sete anos. Depois de usar o curativo natural, não tem mais nada. “Foi uma salvação, tanto na parte estética, quanto emocional”, disse Conceição. “A pessoa que tem a úlcera que eu tive acaba se fechando um pouco.”

De acordo com os pesquisadores, o gel desenvolvido pela Unesp deve um terço do preço dos medicamentos convencionais.



USP desenvolve curativo com bagaço da cana-de-açúcar


Material é um dos resíduos mais abundantes da indústria sucroalcooleira.
Tratamento de queimaduras e de feridas na boca são aplicações possíveis.


O produto se mostrou tecnicamente viável. A avaliação econômica caberá à iniciativa privada"
Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo um novo curativo feito de bagaço de cana-de-açúcar – um dos mais abundantes resíduos da indústria sucroalcooleira. A fibra é processada para se tornar um tecido que, com o acréscimo de enzimas e fármacos, pode ser empregado em múltiplas aplicações, como tratamento de queimaduras e curativos bucais. A equipe de cientistas é coordenada por Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

“O produto se mostrou tecnicamente viável. A avaliação econômica caberá à iniciativa privada, caso alguma empresa se interesse em licenciar o processo”, explicou Pessoa à Agência Fapesp.

A pesquisa surgiu a partir da iniciativa de Silgia Aparecida da Costa, do curso de Têxtil e Moda da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. “O objetivo foi aproveitar dois importantes resíduos, o bagaço da cana e a quitosana, substância extraída da carapaça de crustáceos que tem propriedades farmacológicas”, diz Silgia.

A quitosana é obtida a partir da quitina, um polissacarídeo formador do esqueleto externo de crustáceos como siris e caranguejos. Tem propriedades fungicidas, bactericidas, cicatrizantes e antialérgicas.

Além da quitosana, Silgia realizou ensaios para imobilizar quatro outras substâncias às fibras de cana: os fármacos comerciais anfotericina B e sulfadiazina e as enzimas bromelina e lisozima – a primeira obtida do talo do abacaxi; a segunda, da clara de ovo.


Curativos na boca e 'roupa antidengue'

Um grupo de pesquisa da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP entrou em contato com Pessoa para desenvolver um curativo para a mucosa bucal. “O local é de difícil aderência, por isso vamos testar a fibra para verificar se ela adere ao interior da boca”, disse Pessoa Jr.

Silgia, por sua vez, pretende agora iniciar uma pesquisa para incorporar citronela a tecidos de algodão. A substância extraída do capim-limão. Roupas com citronela seriam úteis para afastar insetos como o mosquito da dengue.