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Novo método aumenta os seios usando células-tronco


Técnica, que dispensa silicone e não deixa cicatriz, é indicada especialmente a mulheres

que enfrentam a reconstrução mamária depois do câncer



Novo metódo aumenta os seios usando tecido adiposo da própria mulher


Em 2006, vinte mulheres que haviam retirado parte do seio devido a um tumor se submeteram a uma experiência arriscada no Japão. Elas receberam enxertos de células-tronco nos seios mutilados na esperança de que eles se reconstituíssem. Um ano mais tarde, o cirurgião plástico que liderou o estudo, Keizo Sugimachi, anunciaria radiante no Simpósio de Câncer de Mama em San Diego, nos Estados Unidos, que todas as vinte mulheres não só passavam bem, mas que os seios haviam de fato sido reconstituídos – sem uma gota sequer de silicone. Mais: 79% delas ficaram satisfeitas.

Hoje, o método está se popularizando. A máquina responsável pela “mágica”, chamada de Celution System, foi aprovada para uso em toda a Europa, em julho deste ano. Os Estados Unidos devem seguir o exemplo europeu em 2011 e o Brasil, embora sem previsão de lançamento, não será esquecido – promete a empresa americana Cytori Therapeutics, fabricante da máquina e criadora do método.

Celution System

Líquido enriquecido com células-tronco é extraído do Celution System.

Mesmo criado com o objetivo de ajudar as vítimas de câncer de mama, o procedimento inventando pela Cytori tem inegáveis vantagens estéticas. Reúne dois dos maiores sonhos das mulheres: reduzir a barriga enquanto aumenta os seios. O sistema só se tornou possível depois da descoberta de que a gordura contém células-tronco. Livres de discussões éticas, por não virem de embriões, essas células são retiradas do corpo da própria paciente e são capazes de se transformar em tecidos de todos os tipos, inclusive mamário.

Na experiência criada por Sugimachi, as pacientes passam por uma lipoaspiração e a gordura retirada é tratada com enzimas e centrifugada pela máquina até que as células-tronco sejam isoladas. Depois, essas células são misturadas com uma pequena quantidade de gordura e reinjetadas com seringas nos seios. Por serem células do corpo das próprias pacientes, as novas “próteses” não são rejeitadas nem geram deformações. Não deixam cicatriz (mesmo a cicatriz da lipoaspiração tem apenas três milímetros de diâmetro), não doem no dia seguinte, não tiram a sensibilidade, nem diminuem a capacidade de amamentar. O crescimento do seio não sai de controle – os médicos dizem que é muito difícil que as células se multipliquem de maneira perceptível depois da cirurgia.

Enxertos de gordura nos seios não são novidade – estão no mercado desde 1983. Mas a grande diferença desse novo método é que, como o implante é enriquecido com células-tronco, essas células se incorporam aos tecidos dos seios e atraem os vasos sanguíneos, que irrigam a área e impedem que a gordura se dissolva, como acontecia no procedimento anterior. A técnica já tem sido usada no Brasil, porém, com um nível de enriquecimento muito menor do que o atingido com o Celution System.

Celution System

O Celution System isola as células-tronco contidas na gordura e torna possível que elas sejam usadas na reconstrução da mama pós-câncer.

Câncer de Mama - Como as células-tronco têm potencial para se diferenciar em diversos tipos de células, a comunidade científica resolveu avaliar os riscos da inserção em pacientes que passaram por remoção de tumores. “Em testes, as células-tronco não se desenvolveram em células cancerígenas. O único fator que nos assustava um pouco era a possibilidade de que, aumentando o número de vasos sanguíneos na região, eles eventualmente alimentassem os tumores”, conta Ronaldo Golcman, chefe da Equipe de Urgência de Cirurgia Plástica do Hospital Israelita Albert Einstein. “Mas, mesmo depois de muitos estudos, não há evidência científica de aumento de nenhum tipo no câncer.”

“O grande problema desse método são as limitações que ele apresenta”, comenta Golcman. Para fazer um enxerto de 200 mililitros nas duas mamas é preciso extrair, pelo menos, cinco vezes esse volume em gordura. "Estamos falando de quase um litro. Quantas mulheres tem essa quantidade de gordura para doar com segurança em uma única cirurgia?”, diz. Por essa razão, Golcman duvida que a metodologia possa substituir o silicone por completo nos procedimentos estéticos, mas reitera sua utilidade no que se refere à reconstrução dos seios após a mastectomia – cirurgia de remoção das mamas ou de parte delas, devido ao câncer.

A equipe da Cytori Therapeutics afirma ter o mesmo objetivo. “O nosso foco é ajudar vítimas de câncer de mama a reconstruir os defeitos deixados pela doença”, afirma Tom Baker, porta-voz da empresa. “E com certeza estamos de olho nos cirurgiões e pacientes do Brasil.”







ESTUPRO



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Publicado em: 25/06/2010 15:28
Camisinhas anti-estupro

Por causa da Copa do Mundo, a África do Sul está sob o foco da imprensa do mundo inteiro. Mas um jornal daqui de Fort Lauderdale, o Sun Sentinel, resolveu falar sobre aquele país africano por um viés completamente diferente e original, embora com alguma relação com o evento esportivo.

Na edição de ontem, o Sun Sentinel alertava as americanas fãs de futebol que pretendam visitar a África do Sul para que não esqueçam de comprar e usar um produto de proteção pessoal chamado Rape-aXe. A rede de televisão CNN também deu a notícia, acrescentando que o produto já está sendo distribuído em várias cidades da África do Sul onde estão ocorrendo os jogos da Copa.

Trata-se de uma camisinha feminina de borracha inventada para punir imediatamente os estupradores e auxiliar a polícia na identificação dos criminosos.

A África do Sul é o país campeão mundial em estupros, conforme estudo divulgado pela Interpol. Dados da Anistia Internacional dão conta que milhares de mulheres são estupradas todos os anos e quase metade das vítimas tem menos de 18 anos. Estima-se que uma violação ou tentativa de estupro ocorra a cada 17 segundos naquele país. Entre 28 a 30 por cento das adolescentes sul-africanas reportam terem sido forçadas em seu primeiro encontro sexual. Também são comuns estupros de crianças e até bebês com meses de idade. Estupros recreacionais feitos por gangues contra uma ou mais vítimas receberam até um nome, uma gíria nova no idioma: Jackrolling. A grande maioria dos casos permanece impune.

O problema é tão prevalente naquela sociedade que celebridades como a atriz Charlize Theron, nascida na África do Sul, participam gratuitamente de campanhas visando chamar a atenção das autoridades policiais e médicas para essa tragédia e chacoalhar a consciência nacional.

E foi uma médica, Sonnet Ehlers, cansada de lidar diariamente com os horrores desse tipo de crime, que inventou o Rape-aXe. Ela conta que a inspiração veio de uma paciente, completamente traumatizada após um estupro, que ficava repetindo: "se ao menos eu tivesse dentes lá embaixo". A doutora Ehlers resolveu criar esses dentes.

Inventou um tipo de uma armadilha para estupradores. A coisa funciona como um absorvente interno. Feito de látex, macio dos lados em que ficará em contato com o corpo feminino, Rape-aXe tem uma cavidade pronta para causar estragos caso ocorra um estupro.

No momento de uma penetração forçada, o instrumento fecha-se com força em volta do pênis do estuprador. Por ter fileiras de dentes no formato de anzóis em toda a extensão, uma vez acoplado ao pênis o aparato só poderá ser retirado por um médico. E esse procedimento, espera a inventora, deverá ser acompanhado por policiais para fazer a prisão.

Diz a doutora Ehlers, que o produto foi inventado mesmo para doer e causar intenso desconforto ao estuprador para que ele se distraia com o sofrimento e a vítima tenha tempo de fugir. O imbecil que cair nessa armadilha não vai poder urinar ou andar. Se tentar retirar o instrumento vai sofrer ainda mais porque a pressão sobre o pênis vai aumentar e ele terá cicatrizes para se lembrar do infeliz acontecimento para o resto da vida.

Além disso, o aparelho também protege a mulher de contrair doenças sexualmente transmissíveis, já que qualquer fluido corporal do agressor vai ficar contido dentro da própria cápsula de borracha.

Críticos da invenção chamam o aparelho de "medieval", ao que a doutora rebate, no site do produto, que ainda mais medieval é o desrespeito com o corpo e as vontades de uma mulher. Touché!

Dr. Ehlers concorda que sempre existe a possibilidade do agressor ficar ainda mais violento e acabar matando a vítima, mas argumenta que esse já é um risco inerente a qualquer crime. Ela também admite que mulheres vingativas podem fazer mau uso do produto para punir maridos ou namorados mesmo em situações de sexo consensual.

Entretanto ela está convencida - e eu também - que os benefícios do produto em muito superam os eventuais riscos do uso inapropriado. E para isso oferece um simples conselho ao homens que se relacionam com mulheres de espírito vingativo: "não coloque o que te pertence em locais que não ter pertencem e você nunca terá problemas". Touché mais uma vez.

Quem quiser assistir a um filme que explica em detalhes o funcionamento dessa maravilhosa invenção pode checar esse site aqui: http://www.antirape.co.za/

Que me perdoem os fanáticos por futebol, o que se preocupam em mandar o Galvão calar a boca ou ficam irritados com as grosserias do Dunga, mas pra mim essa foi uma das melhores notícias que vieram da África do Sul nas últimas semanas.




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GENErosidade, e a ciência da gratidão

Se é uma pessoa que gosta de dar e ajudar os outros, saiba que, pelo menos em 50%, esse é um comportamento que está nos seus genes. Se não o é, mas gostaria de experimentar os ganhos que tal implicam para a sua saúde física e emocional, pode aprender a fazê-lo.
Estudos recentes comprovam a existência de um gene do altruísmo e outros demonstram que saber dar graças pelo que se tem diminui a depressão e desenvolve mecanismos de resiliência nos momentos menos bons da vida.

Com o início do mês de Dezembro e com o Natal cada vez mais perto, são muitas as pessoas que se lembram de se lembrar das outras. Fazer caridade nesta época funciona como uma espécie de antídoto para o ano inteiro que passou e de vacina para mais um que irá chegar. E assim se cumpre a quota-parte de generosidade obrigatória.

Todavia, para quem está atento aos inúmeros estudos que se vêm fazendo na área das neurociências, esta realidade pode ser explicada. De acordo com um estudo recente realizado pela Universidade de Bona, e publicado na prestigiada revista científica “Social Cognitive & Affective Neuroscience”, os cientistas encontraram uma ligação, comprovada, entre uma mutação do gene COMT e o altruísmo.

O COMT é responsável por dar instruções a uma determinada enzima, que inactiva certos mensageiros no cérebro, sendo que o mais conhecido entre estes é a dopamina. Esta, por sua vez é, e de acordo com um investigador de Harvard, Hans Breiter, a responsável por estimular comportamentos aditivos, tendo até sido "culpada" de circular em excesso nos cérebros dos senhores de Wall Street.

Segundo o investigador, quanto mais elevados são os níveis de dopamina, mais prazer experimentamos. A cocaína, por exemplo, aumenta directamente os níveis de dopamina.

Ao utilizar estudos baseados em imagens captadas através de aparelhos de ressonância magnética, o cientista, em conjunto com a sua equipa, descobriu que "ter ganas" de dinheiro activa as mesmas regiões do cérebro que são estimuladas pela necessidade de cocaína, de sexo, ou de qualquer outra coisa que produza prazer imediato e intenso. E a dopamina é activada com maior facilidade a partir de estímulos novos – ou seja, por experiências nunca vividas anteriormente, sendo que se tenta, por todos os meios, recriar esse tipo de experiência. Mas eis que se coloca um problema: se ingerirmos a mesma quantidade de cocaína na vez seguinte, ou se ganharmos a mesma quantidade de dinheiro, os níveis de dopamina tendem a não aumentar. Daí a explicação "científica" do que levou os banqueiros de Wall Street a não conseguirem interromper o seu ciclo de ganância.

Assim, as pessoas que manifestam esta inibição de dopamina e a alteração genética do COMT são duas vezes mais propensas a dar aos outros (e não amealhar para si mesmos).

Há mais de 15 anos que os cientistas sabem que existem duas variantes neste gene: o COMT-Val e o COMT-Met. Ambas as versões, que ocorrem na população com uma frequência similar, diferem em apenas um bloco. E, no caso das pessoas com a variante COMT-Val, a enzima associada funciona com eficácia superior quadruplicada. Esta foi a primeira vez que os investigadores conseguiram estabelecer uma conexão entre um gene específico e feitos altruístas.

Mas os estudos sobre a generosidade ou a gratidão não se ficam por aqui. Na passada semana e a propósito do muito celebrado Dia de Acção de Graças nos Estados Unidos, foi igualmente apresentada evidência científica adicional que afirma que aqueles que mantêm uma atitude de gratidão perante a vida têm um bem-estar físico, emocional e psicológico muito mais desenvolvido. A primeira parte deste estudo comprovava que os adultos que frequentemente se sentem gratos por alguma coisa têm mais energia, mais optimismo, mais relações sociais e um maior sentimento de felicidade do que aqueles que não o fazem.

As novidades agora apresentadas por Jeffrey J. Froh, professor de psicologia na Hosfra University, em Hempstead, Nova Iorque, estão relacionadas com crianças e adolescentes que, de acordo com as suas investigações, provam que a gratidão produz benefícios similares nos mais novos. Miúdos que se sentem gratos e praticam actos generosos tendem a ser menos materialistas, a ter melhores resultados escolares, a estabelecer objectivos mais elevados, queixando-se menos de dores de estômago ou de cabeça e sentindo-se mais satisfeitos com os amigos, com a família e com os seus ambientes escolares.

Cultivar a gratidão é possível



Já os filósofos antigos afirmavam que a gratidão é uma virtude humana indispensável. Mas só agora é que os cientistas sociais estão a começar a perceber a forma como se desenvolve e que efeitos pode ter. A pesquisa, que faz parte do movimento conhecido como “psicologia positiva” e que se concentra no desenvolvimento dos pontos fortes de cada um, afirma também que cultivar a gratidão é uma forma de terapia cognitivo-comportamental e que permite às pessoas alterar os seus padrões de comportamento e, por consequência, melhorar o seu estado de espírito.

O estudo agora desenvolvido com adolescentes a ser publicado no próximo número do "Journal of Happiness Studies", teve como base uma amostra de 1035 alunos do ensino secundário. Froh e a sua equipa provaram que os jovens que mais habituados estavam a dar graças pelo que tinham, tiravam notas mais elevadas e tinham um número superior de amigos, ao passo que os mais materialistas tinham notas mais baixas, maiores níveis de inveja e demonstravam um nível de satisfação significativamente inferior relativamente à vida. Como afirmou Jeffrey Froh ao "Wall Street Journal" "uma das melhoras curas para o materialismo é fazer com que alguém fique grato pelo que tem".

A questão da ingratidão, geralmente no que respeita aos adolescentes, é um problema que preocupa sobremaneira os pais da actualidade. Em Novembro de 2009, uma mãe desesperada com o egoísmo do seu filho adolescente, resolveu criar um grupo no Facebook denominado UTIMH – Ungrateful Teenager In My House. "Este grupo é para todos os país/educadores que providenciam aos seus filhos as necessidades básicas, lhes oferecem o seu amor incondicional, estafam-se a trabalhar para estes terem casa, comida e roupa lavada, ouvem os seus problemas e tentam que as suas vidas sejam fáceis e, mesmo assim estes são INGRATOS", pode ler-se na rede social. O grupo tem apenas 643 membros que, em comum, se queixam de filhos que não ajudam em casa, filhas que exigem botas com assinatura de designers famosos e de filhos e filhas que torcem o nariz a refeições cozinhadas em casa.

Sem juízos de valor para os pais que permitem tais comportamentos, a boa notícia é que, segundo Michael Ungar, um terapeuta familiar canadiano e autor do livro "The We Generation", os adolescentes ingratos podem ser "reformados". Mas alerta que não vale a pena "convidá-los" para a família, mas dar-lhes um papel nessa mesma família. O terapeuta afirma que são muitos os pais que infantilizam os seus filhos, não lhes colocando qualquer tipo de fasquia e não exigindo que façam pelo menos o suficiente.

Ao se envolver os jovens numa relação de "contributo", é mais fácil ajudá-los a experimentar e a expressar a gratidão. E, tal como defende Froh, estimular este tipo de comportamentos não é difícil: num dos estudos que fez com adolescentes no que respeita à expressão da gratidão, Froh pediu a jovens entre os 13 e os 15 anos que listassem, num diário e ao longo de duas semanas, cinco coisas pelas quais se sentiam gratos no final de cada dia. E os resultados comprovaram os anteriores: os que o tinham feito, sentiam maiores níveis de satisfação e um maior número de sentimentos positivos. "Tem tudo a ver com o facto de se ter consciência que existe um mundo de abundância lá fora", afirma.

Para ler o artigo na íntegra:

http://www.ver.pt/conteudos/verArtigo.aspx?id=1071&a=Sermais

HIV


Remédio já em uso pode ajudar a prevenir contaminações pelo HIV

Medicamento Truvada

Especialistas advertem que droga não deve substituir uso de preservativo

Uma nova pesquisa aponta que um medicamento já usado no tratamento de pacientes com HIV pode também ajudar na prevenção da transmissão do vírus da Aids.

O estudo, feito por pesquisadores americanos e publicado no New England Journal of Medicine, indica que o uso do medicamento Truvada ajudou a reduzir em 44% as chances de homens homossexuais com comportamento de risco serem infectados.

O estudo foi feito com 2,5 mil homens gays e bissexuais sob alto risco de contrair o HIV no Peru, Brasil, Equador, na África do Sul, Tailândia e nos Estados Unidos.

Metade dos homens recebeu uma dose diária do Truvada – uma droga antirretroviral – que afeta a capacidade do vírus de se replicar em células. A outra metade recebeu um placebo por dia. Todos foram encorajados a usar camisinha.

Depois de um ano, 36 homens que tomaram Truvada foram infectados pelo vírus, em comparação com 64 infectados entre os que tomaram placebo.

Muitos dos homens falharam em tomar o remédio diariamente. Entre os que faziam uso regular do Truvada, o risco de infecção caiu 73%.

Avanços e preocupações

A descoberta parece ser um importante avanço no combate à Aids, mas, segundo especialistas, não deve ser vista como a forma prioritária de prevenção.

“Não é hora de homens gays e bissexuais jogarem fora suas camisinhas”, disse Kevin Fenton, chefe do programa de prevenção à Aids do centro americano de controle de doenças.

O correspondente de temas médicos da BBC Fergus Walsh adverte também que o estudo deixa muitas questões pendentes: não há conclusões sobre eventuais reduções na infecção entre pessoas heterossexuais; o Truvada traz efeitos colaterais, como náusea; e o medicamento é caro – custa cerca de US$ 36 por dia nos Estados Unidos.

Também é possível que os resultados do estudo tenham sido mascarados por um uso maior de camisinha entre os homens que tomaram o remédio durante os testes.

Por fim, há preocupações quanto a se o uso constante do Truvada poderia ajudar no desenvolvimento de células resistentes à droga.

Complementar

O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) dos EUA, um dos patrocinadores do estudo, afirma que ainda são necessários testes para avaliar os efeitos da droga em heterossexuais e mulheres.

“Mas temos razões para acreditar que obteremos resultados semelhantes (nesses grupos)”, disse à BBC Anthony Fauci, diretor do Niaid.

Fauci argumenta que as drogas devem ter um papel complementar na guerra ao HIV. O uso de camisinha e um número menor de parceiros sexuais continuam sendo a melhor forma de prevenir infecções.

“Esperamos que se (a droga) se tornar de fato uma ferramenta útil de prevenção, então o aconselhamento (sexual) associado complementará o efeito da droga e impedirá que as pessoas sejam displicentes e pensem que ‘agora que tenho um remédio não preciso me preocupar (com o uso de camisinha)’”, alegou Fauci.

A organização britânica de combate à Aids Terrence Higgins Trust qualificou os resultados do estudo de “potencialmente significantes”.

“É vital que aumentemos as formas de prevenir a transmissão do HIV, principalmente entre os que estão sob maior risco”, disse o executivo-chefe da organização, Nick Partridge.

De acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira pela agência da ONU de combate à Aids (Unaids), há no mundo 33 milhões de portadores do HIV no mundo.

O Brasil tem entre 460 mil e 810 mil pessoas contaminadas pelo vírus.

SONHOS


Máquina para gravar sonhos é possível, diz cientista

Cérebro (arquivo SPL)

Cientistas analisaram neurônios ativados por imagens específicas

Um pesquisador nos Estados Unidos afirmou que tem planos para criar um dispositivo eletrônico de gravação e interpretação de sonhos.

Moran Cerf, do Instituto de Tecnologia de Pasadena, na Califórnia (oeste do país), afirma que a "leitura dos sonhos" é possível baseada em um estudo inicial que, segundo o cientista, sugere que a atividade de células individuais do cérebro, os neurônios, é associada a objetos ou conceitos específicos.

Em sua pesquisa Cerf descobriu que, quando um dos voluntários estava pensando na atriz Marilyn Monroe, um neurônio em particular foi ativado.

Ao mostrar a voluntários acordados que participaram de seu estudo uma série de imagens, Cerf e seus colegas conseguiram identificar neurônios que eram ativados pelos objetos e conceitos.

Ao observar qual neurônio se ativava e quando isso acontecia, os cientistas construíram uma base de dados para cada paciente.

Com ela, Cerf alega que é, efetivamente, capaz de "ler as mentes” dos voluntários.

Análise do sonho

Há séculos são feitas tentativas de interpretar os sonhos; no Egito antigo, por exemplo, eles eram considerados mensagens dos deuses.

Atualmente, análises de sonhos são usadas por psicólogos como uma ferramenta para compreender o inconsciente. Mas a única forma de interpretar os sonhos é perguntar para as pessoas depois que elas acordam.

O objetivo do projeto de Moran Cerf e sua equipe é desenvolver um sistema que daria aos psicólogos uma forma de corroborar as lembranças destes sonhos com a visualização eletrônica da atividade cerebral durante o sonho.

"Não há uma resposta clara para a razão de os humanos sonharem", disse Cerf. "E, uma das questões que gostaríamos de responder é quando nós criamos estes sonhos."

No entanto, o cientista admite que há um longo caminho antes que a simples observação das reações de um neurônio específico possa se transformar em um dispositivo para gravar sonhos. Mas Cerf acredita que existe uma possibilidade e ele gostaria de tentar.

Para isso, o próximo estágio de seu trabalho é monitorar a atividade do cérebro dos voluntários enquanto eles estão dormindo.

Os pesquisadores vão conseguir identificar imagens ou conceitos relacionados com os que estão arquivados em sua base de dados. Mas, esta base de dados pode, na teoria, ser construída. Por exemplo, ao monitorar a atividade dos neurônios enquanto o voluntário está assistindo um filme.

Eletrodos e sensores

Roderick Oner, psicólogo clínico e especialista em sonhos britânico, acredita que este tipo de visualização limitada pode gerar interesse acadêmico, mas, por outro lado, pode não ajudar muito na interpretação dos sonhos ou em terapias.

"Para isso você precisa da narrativa total e complexa do sonho", afirmou.

Outra dificuldade com a técnica proposta por Moran Cerf é que, para conseguir o tipo de resolução necessária para monitorar neurônios individuais, os voluntários teriam que ter eletrodos implantados profundamente, por um processo cirúrgico, no cérebro.

No estudo publicado na revista Nature, os pesquisadores americanos conseguiram os primeiros resultados ao estudar voluntários com o implante de eletrodos usados normalmente para tratar de convulsões cerebrais.

Mas Cerf acredita que a tecnologia de sensores está se desenvolvendo em um ritmo tão acelerado que, com o tempo, poderá ser possível monitorar a atividade do cérebro sem a necessidade de cirurgias.

"Seria maravilhoso ler as mentes das pessoas quando elas não podem se comunicar, como em pessoas em coma", disse o cientista.

Interface

Para o professor Colin Blakemore, da Universidade de Oxford, existe uma distância grande entre os resultados limitados obtidos no estudo do cientista americano e a possibilidade de gravar sonhos.

Já foram feitas tentativas de criar interfaces para traduzir pensamentos em instruções para controlar computadores e máquinas.

Mas, a maioria destas tentativas se concentrou em áreas do cérebro envolvidas no controle de movimentos. Os sistemas de monitoramento que Cerf pretende criar visam áreas mais sofisticadas do cérebro para poder identificar conceitos abstratos.

O cientista americano afirma que as pesquisas e usos de um dispositivo que lê a mente de outra pessoa são muitos.

"Por exemplo, em vez de escrever um email, você poderia apenas pensar o email. Ou, outra aplicação futurista, seria pensar em um fluxo de informações e ter estas informações escritas bem à sua frente", disse.

MUTAÇÕES GENÉTICAS

Garoto com 16 dedos nos pés e 15 nas mãos será operado na China

Mutação genética contribuiu para o problema do menino de seis anos.
Ele seria submetido a cirurgia em Shenyang para retirar os dedos a mais.

Do G1, com Reuters



Foto: Reuters

Imagem de raio X tirado no dia 19 mostra os pés de garoto de 6 anos que nasceu com 15 dedos na mão e 16 dedos nos pés na China. (Foto: Reuters)

Foto: Reuters

Radiografia feita no mesmo dia mostra as mãos da criança. Os médicos contabilizam a pequena protuberância que se vê na mão à direita na foto. Observe que o primeiro dedo tem 'duas pontas' em formação. (Foto: Reuters)

Foto: Reuters

Ele está internado em hospital em Shenyang e vai ser submetido a cirurgia nesta terça-feira (23) para remover os dedos adicionais. (Foto: Reuters)

Foto: Reuters

Segundo especialistas, uma mutação genética contribuiu para provocar o problema. (Foto: Reuters)

Site: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia

TECIDO DA PLACENTA E CÉLULAS TRONCO SÃO USADAS POR PESQUISADORES BRASILEIROS PARA RECONSTRUIR SUPERFÍCIE OCULAR


O olho é revestido pela superfície mais especializada do corpo humano. Essa superfície é composta pelos epitélios da córnea, limbo e conjuntiva e necessita da lubrificação do filme lacrimal para manter sua função.

No limbo residem células-tronco que regeneram o epitélio compacto e transparente da córnea. O epitélio, por sua vez, é considerado o tecido mais ricamente inervado do ser humano. Na conjuntiva residem células produtoras de mucina e células do sistema imune, fundamentais para a defesa do olho.

Essa superfície altamente diferenciada e complexa pode ser alvo de diferentes tipos de agressões físicas, químicas e biológicas, que repercutem diretamente na função visual e qualidade de vida.

Estudar as estruturas envolvidas e desenvolver técnicas para contornar e evitar as chamadas doenças que acometem essa área nobre do corpo humano foi o objetivo da pesquisa “Reconstrução da superfície ocular: aspectos básicos, clínicos e cirúrgicos”, coordenada pelo professor Rubens Belfort Mattos Júnior, do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e apoiada pela Fapesp por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático.

“A superfície ocular é muito importante em inúmeros aspectos. Procuramos abordar nesse projeto os aspectos básicos, clínicos e cirúrgicos dos problemas que afetam esse tecido”, disse Belfort à Agência.

Uma das técnicas desenvolvidas no âmbito do projeto foi o transplante de membrana amniótica para a reparação da superfície ocular. Esse tecido, que é obtido da placenta, possui propriedades cicatrizantes e antiinflamatórias, além de ser considerado imunologicamente inerte. Pode ser conservado congelada em meio de cultura por meses, o que facilita a sua aplicação terapêutica.

A membrana amniótica se mostrou eficaz no tratamento da superfície ocular no caso de queimaduras, na síndrome de Stevens Johnson (forma grave de eritema bolhoso), no pterígio (espessamento vascularizado da conjuntiva) e na reparação dos afinamentos da córnea.

Outro estudo envolveu a aplicação de células-tronco do limbo na regeneração da superfície da córnea. “Não temos a necessidade de uma célula com pluripotencialidade, o que nos interessa são as funções ligadas ao olho nas quais a aplicação das células-tronco adultas do limbo apresentam bons resultados”, disse Belfort.

Segundo ele, as células-tronco límbicas podem ser transplantadas de um olho saudável para o outro comprometido em um mesmo paciente ou ainda serem recebidas de outra pessoa.

Outra vertente do Temático incluiu o cultivo em laboratório e o transplante das células-tronco do limbo para reparar a superfície ocular danificada, o que colocou a equipe da Unifesp em pé de igualdade com os grupos mais avançados nesse tipo de pesquisa, segundo Belfort.

“No mundo, poucos países estão no mesmo patamar. Itália, Alemanha, Inglaterra, Japão, Cingapura e Índia – e agora o Brasil – são os mais importantes”, afirmou.

Novo laboratório

Além do limbo, outras possíveis fontes de células-tronco são células da conjuntiva e dentes de leite. Um trabalho feito em parceria entre pesquisadores da Unifesp e do Instituto Butantan está experimentando células-tronco extraídas da polpa desses dentes também na reconstrução da superfície ocular.

A técnica de aplicação sobre a córnea é similar: o novo tecido cultivado em laboratório é aplicado sobre o olho, seguido de enxerto de membrana amniótica para proteger as células transplantadas.

Belfort destaca que o Projeto Temático possibilitou a criação do Laboratório de Biologia Celular em Oftalmologia da Unifesp, unidade especializada no cultivo de células-tronco epiteliais da superfície ocular, cujos equipamentos foram adquiridos com apoio da FAPESP.

A pesquisa ainda recebeu apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto de Visão, instituição filantrópica ligada ao Departamento de Oftalmologia da Unifesp.

“Um dos grandes méritos desse Temático foi consolidar um núcleo de pesquisa e formar novos talentos, como José Álvaro Pereira Gomes, que foi co-coordenador do projeto”, disse Belfort. Gomes defendeu sua livre-docência durante o projeto e atualmente também é professor do Departamento de Oftalmologia da Unifesp.


Por Fabio Reynol
Da Agência Fapesp

CORTE DOS EUA MANTÉM LIBERAÇÃO DE FINANCIAMENTO PÚBLICO COM CÉLULAS -TRONCO



A Corte de Apelações dos EUA decidiu que o financiamento federal de pesquisas com células-tronco embrionárias pode continuar até que uma decisão final seja tomada. Em 9 de setembro, a corte já havia suspendido temporariamente a proibição do uso de fundos públicos nas pesquisas.

O Departamento de Justiça argumentou que a suspensão da proibição de financiamento era necessária para evitar que projetos de anos fossem terminados na metade impedindo o progresso cientifico na busca de novos tratamentos para doenças como diabetes e problemas do coração.

O juiz Royce Lamberth havia proibido o financiamento em agosto baseada em uma lei de 1996 que proíbe o uso de dinheiro federal para pesquisas em que um embrião é destruído. A decisão não se aplica aos estudos iniciados durante o governo de George W. Bush, que, em 2001, permitiu uma limitada linha de pesquisa com culturas já existentes.

A pesquisa com células-tronco embrionárias é uma das bandeiras do presidente norte americano desde sua eleição, quando anunciou que os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) receberiam financiamento público para avançar nas pesquisas.

*Do UOL Ciência e Saúde

São Paulo*

PESQUISADORES DOS EUA PRODUZEM CÉLULAS-TRONCO A PARTIR DA PELE


Pesquisadores descobriram uma forma surpreendentemente rápida e segura de transformar células comuns da pele em células-tronco e células musculares.

Eles afirmaram na quinta-feira que o método deles pode fornecer uma forma de gerar tecido dentro da nova ciência chamada medicina regenerativa, que os médicos esperam que um dia leve a maneiras de reparar lesões e talvez até substituir órgãos inteiros.

Em um artigo publicado na revista Cell Stem Cell, o médico Derrick Rossi, da Harvard Medical School, e seus colegas afirmaram que estavam trabalhando em novas maneiras de produzir células-tronco pluripotentes induzidas, as chamadas células iPS.

Essas células se parecem muito com as células-tronco embrionárias, as verdadeiras células-mestre do corpo, que podem dar origem a todas as células e tecidos do corpo.

São necessários apenas três ou quatro genes para transformar as células da pele, ou qualquer outra célula comum, e fazê-las terem um comportamento como o das células-tronco.

Mas a maioria das maneiras de fazer isso envolve a utilização de um vírus para levar os genes novos para dentro da célula, ou DNA, e essas técnicas podem provocar outros problemas, incluindo tumores.

Rossi e seus colegas do laboratório do pesquisador George Daley testaram um método novo, usando RNA. RNA é a substância que carrega as instruções para o DNA.

Para a surpresa deles, o RNA proveniente dos quatro genes de "célula-tronco" conseguiu transformar as células da pele comuns em células iPS. Essas células poderiam, assim como as células-tronco, ser produzidas para formar células cardíacas, neurônios e outros tipos de célula.

Eles também foram capazes de transformar diretamente as células da pele em células musculares, relataram os pesquisadores.