DIVERSIDADE SEXUAL

Desde há muitos anos a humanidade tem buscado razões ou causas, para definir e desvendar o desejo e a atração entre pessoas do mesmo sexo, ou ainda, precisar ou catalogar as múltiplas e diferentes facetas da sexualidade humana. Em diversas culturas e países, o amor ou afeição entre pessoas do mesmo sexo, assumiu formas sociais diversas e, por vezes, bastante distintas de como a percebemos na atualidade.

No passado, na Grécia Antiga, por exemplo, o costume da época determinava que os homens jovens deveriam viver parte de sua vida com um homem mais velho, que o ensinaria os segredos da filosofia, da guerra e do amor. O amor era considerado um privilégio apenas dos homens. Mas é importante destacar que nessas culturas antigas, o afeto, desejo ou amor entre pessoas do mesmo sexo não tinha o mesmo valor da atualidade e nem mesmo recebia o mesmo nome ou era alvo do mesmo preconceito.

Durante muito tempo, a heterossexualidade foi entendida como algo único e natural entre os seres humanos e porque não dizer em toda a fauna do planeta. Isto se deve, especialmente, pela compreensão de que a sexualidade de qualquer individuo (e suas manifestações), resumem-se à função reprodutiva. Essa compreensão de que a heterossexualidade seria a forma “natural” de vivência sexual, fez com que toda e qualquer outra manifestação de afeto, desejo ou carinho que não fosse de um homem para uma mulher ou vice-versa, fosse tratado com um problema, doença, pecado, alvo de violências e não merecedores(as) de respeito ou convívio social.

Para pensar a DIVERSIDADE SEXUAL é preciso reconhecer que, apesar dos seres humanos serem biologicamente semelhantes, a vida social de cada grupo de seres humanos (desde a família, a turma da escola, os/as colegas de trabalho, os times de esportes coletivos, os(as) seguidores(as) de uma religião, ou ainda um pais inteiro, etc...) é organizado com princípios, leis e doutrinas próprias que são diferentes de outros grupos de pessoas. Portanto, cada grupo social é singular em sua organização.

Reconhecer a complexidade das relações entre as pessoas, a diversidade de costumes, de línguas, de culturas, de raças, de educação e a diversidade de vivências é o primeiro passo para se aproximar da diversidade sexual.

Desta forma, podemos entender a DIVERSIDADE SEXUAL não somente como às práticas sexuais, mas como todos os elementos que compõem a sexualidade humana, de forma ampla, ou seja, nossas vivências – sexuais ou não; nossas práticas habituais que aprendemos e incorporamos ao longo da vida, nossos desejos e afetos, nossos comportamentos e maneiras como vemos a nós mesmos e nos mostramos para os outros.

0 comentários: