Cobertura em Saúde no RS e Brasil

Análise do número de profissionais da saúde nos anos de 1996, 2006 e 2007

Em 2008, o portal SIS.Saúde veiculou um artigo intitulado “Dados preliminares acerca dos Recursos e Cobertura em Saúde no RS e Brasil” (http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=139), com o objetivo de fornecer um material auxiliar para a tomada de conhecimento das condições de saúde no Estado, com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde (IDB, 2007).

Um ano após a publicação desse material, é pertinente expor o estado atual desses dados, uma vez que está disponível para consulta o IDB 2008, no site do Datasus. Nosso intuito é apontar melhorias e consequentes resultados de investimentos no setor, bem como para atentar possíveis mudanças negativas para a saúde brasileira.

Nesse artigo, serão apresentados os dados relativos aos profissionais da área médica, odontológica, farmacêutica, nutrição e enfermagem. No próximo artigo, serão analisados os gastos e recursos em saúde, também com base no relatório IDB 2007.
Médicos

Gráfico 1 – Número de médicos no Brasil e RS por 1.000 habitantes. Fonte: IDB Brasil 2008 e SIS.SAÚDE 2008.

O gráfico 1 ilustra um crescimento discreto no número de profissionais médicos por 1.000 habitantes, tanto no RS quanto no Brasil. No RS, entre 2006 e 2007, houve um aumento de 631 novos profissionais, mantendo o estado na quarta posição em número absoluto de médicos.

Gráfico 2 – Número de enfermeiros no Brasil e RS por 1.000 habitantes. Fonte: IDB Brasil 2008 e SIS.SAÚDE 2008.

Embora o Estado do Rio Grande do Sul tenha caído da terceira para a quarta posição no número absoluto de profissionais de enfermagem, observa-se que, entre 2006 e 2007, o estado contou com um acréscimo de 3.284 profissionais de enfermagem.

Conforme ilustra o gráfico, o crescimento desde 1996 dessa variável é mais expressivo no RS do que no Brasil.

Gráfico 3 – Número de odontólogos no Brasil e RS por 1.000 habitantes. Fonte: IDB Brasil 2008 e SIS.SAÚDE 2008.

Brasil e Rio Grande do Sul apresentam taxas praticamente similares no que tange à proporção de dentistas para cada 1.000 habitantes. Embora tenha ocorrido um aumento, em número absoluto de profissionais, na casa dos 0,25% no Rio Grande do Sul, esse índice não foi suficiente para evitar a queda na comparação 2006-2007.

O Rio Grande do Sul é o quinto estado em número absoluto de profissionais odontólogos.

Gráfico 4 – Número de técnicos de enfermagem no Brasil e RS por 1.000 habitantes. Fonte: IDB Brasil 2008.

De acordo com o gráfico acima, é possível perceber um crescimento expressivo no número de profissionais técnicos de enfermagem por 1.000 habitantes, tanto no RS quanto no Brasil. No ano de 2007, o Rio Grande do Sul apresentou 54.004 técnicos em enfermagem, ficando apenas atrás do Rio de Janeiro em termos de números absolutos. No ano de 2006, o Rio Grande do Sul liderava esse ranking.

Entre 2007 e 2008, 16.408 novos técnicos de enfermagem foram identificados no Rio Grande do Sul, o que corresponde a um crescimento de 143%.

Gráfico 5 – Número de auxiliares de enfermagem no Brasil e RS por 1.000 habitantes. Fonte: IDB Brasil 2008 e SIS.SAÚDE 2008.

O Brasil apresenta uma taxa de profissionais auxiliares de enfermagem superior ao Rio Grande do Sul, que era líder até o ano de 2006. Ainda sobre o RS, verifica-se estabilidade na taxa entre 2006 e 2007, segundo dados do Datasus.

Gráfico 6 - Número de farmacêuticos no Brasil e RS por 1.000 habitantes. Fonte: IDB Brasil 2008 e SIS.SAÚDE 2008.



O gráfico 6 indica uma queda mínima, tanto no RS quanto no Brasil, no que tange à proporção de profissionais farmacêuticos a cada mil habitantes.

Gráfico 7 - Número de nutricionistas no Brasil e RS por 1.000 habitantes. Fonte: IDB Brasil 2008 e SIS.SAÚDE 2008.

Segundo dados expressos no gráfico 7, o Estado do Rio Grande do Sul apresenta uma maior taxa, a cada 1.000 habitantes, do número de profissionais nutricionistas em relação ao Brasil.

Considerações Finais

O objetivo desse estudo é subsidiar o conhecimento, tanto da população em geral quanto de órgãos públicos, da disponibilidade de profissionais da saúde em determinada localização geográfica, num dado período de tempo. Tal conhecimento pode contribuir às políticas de atenção à saúde, uma vez que possibilitam um diagnóstico de possíveis carências e indicam tendências observadas em demais localidades.

O próprio Ministério da Saúde afirma que inexistem padrões validados de proporção esperada para uma condição ideal de saúde, sendo que tais dados podem sofrer, ainda, interferência de uma série de fatores, como a alocação de profissionais em distintas funções, problemas na transmissão de dados entre órgãos representativos e governo, entre outros.

Limitações a parte, fato é que se pode observar um crescimento expressivo dos índices de saúde no Rio Grande do Sul, como o aumento de 143% do número de profissionais técnicos de enfermagem. Enquanto o a taxa de auxiliares de enfermagem manteve-se estável, houve crescimento ainda na proporção de médicos, enfermeiros e nutricionista, com uma pequena queda nas taxas proporcionais de odontólogos e farmacêuticos.

Fontes

IDB 2007 - Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (SGTES): Sistema de Informações de Recursos Humanos para o SUS – SIRH (a partir dos registros administrativos dos conselhos profissionais) e base demográfica do IBGE.

SIS.SAÚDE - Dados preliminares acerca dos Recursos e Cobertura em Saúde no RS e Brasil. Disponível em: http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=139 . Acesso em 19 set. 2009.


Autor: Vide Referências
Fonte: SIS.Saúd

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