Ou seja, não é algo físico, mas o resultado direto do bom funcionamento do encéfalo, a parte do sistema nervoso central que fica no crânio e que abrange o cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral.
O coma é o contrário de tudo isso: um estado de inconsciência (ou consciência afetada) gerado por algum tipo de lesão no encéfalo, que causa a morte ou desativação de um grupo de neurônios, desligando ou afetando seriamente a consciência. Quanto mais grave a lesão (quanto maior ou mais específica a área afetada), mais profundo tende a ser o estado de inconsciência.
O organismo tem bons motivos para fazer uma pessoa apagar. Em casos de acidentes graves uma batida de carro ou uma pancada muito forte na cabeça , qualquer energia preservada pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Colocar o cérebro em stand by gera uma economia que pode ser utilizada na manutenção dos sinais vitais pressão arterial, respiração e batimentos cardíacos. Os médicos copiam essa mesma tática no chamado coma induzido. Eles associam doses calculadas de remédios (geralmente barbitúricos, depressores do sistema nervoso central) com a redução da temperatura corporal para provocar o coma em pacientes que precisam preservar suas células cerebrais em casos de cirurgia no cérebro, por exemplo. Reverter o quadro é simples: basta interromper aos poucos o processo de hipotermia e a medicação.
No coma natural, é impossível prever quanto tempo a pessoa fica apagada. Geralmente, a recuperação total da consciência acontece num período de 2 a 4 semanas. Quando o estado persiste por mais de um mês, as chances de melhora vão diminuindo gradativamente e o paciente entra num tipo de coma conhecido como estado vegetativo. Não há funções cognitivas nem resposta a qualquer estímulo externo. Mas não é o fim. Há vidas e vidas em coma. O que dois pacientes podem fazer e sentir varia enormemente, dependendo do grau de inconsciência.
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