PÍLULA DIÁRIA TERIA AJUDADO A IMPEDIR A INFECÇÃO POR HIV EM HOMENS

Estudo usou droga empregada no tratamento da Aids para testar prevenção.


2,5 mil gays, bissexuais e transgêneros foram acompanhados pela pesquisa.








Um comprimido que é tomado uma vez por dia e que reúne duas drogas anti-Aids da Gilead Sciences reduziu em 43,8% o risco de contaminação por HIV em homens gays e bissexuais com perfil de alto risco, relataram pesquisadores nesta terça-feira (23).

Clique aqui para ler o artigo publicado no "New England Journal of Medicine"
(em inglês, 13 páginas, formato PDF)

O estudo foi promovido pelo governo norte-americano no Peru, Tailândia, África do Sul e outros países. A ideia é tomar medicamentos antes da infecção para reduzir o risco de transmissão do HIV. Mas a estratégia não deve ser entendida como uma dispensa do uso de preservativos.

Estudo divulgado em julho mostrou que um gel pode ajudar a proteger mulheres contra o vírus.

"Esses resultados representam um avanço importante nas pesquisas de prevenção do HIV", disse Kevin Fenton, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, em comunicado.

A equipe internacional de cientistas estudou 2.499 homens gays, bissexuais e transgêneros com perfil de alto risco de infecção pelo vírus causador da Aids. Metade deles tomou o comprimido Truvada, que contém as drogas tenofovir e entricitabina, da Gilead, e metade tomou um placebo.

Após dois anos e meio, cem dos homens estavam contaminados pelo vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids - 36 que tomaram o Truvada e 64 dos que tomaram um placebo.

"Isso significa que a ingestão diária do Truvada reduziu o risco de contaminação pelo HIV em 43,8%", disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, que financiou o estudo.

As pessoas frequentemente se esquecem de tomar pílulas, e por essa razão os pesquisadores fizeram exames de sangue regulares nos pacientes. Os homens que mostraram ter a droga ativa em seu sangue 90% do tempo tiverem um risco 72,8% menor de contrair o vírus do que aqueles que tomaram placebo.

Do G1, com informações da Reuters

23/11/2010 16h12 - Atualizado em 23/11/2010 17h0




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