Cuidados de enfermagem ao doente com Parkinson:
Na doença de Parkinson a maioria das acções estão voltadas para o ensino do doente e família, pelo que
aqui apenas se abordará essa vertente
Ensino ao doente/família:
o
Preparar, com eficiência, o doente e a família para os desafios do autocuidado no domicílio
o
Doente e família têm de conhecer profundamente o processo de doença, as estratégias adequadas de
autocuidado e os sinais indicadores de insuficiência ou toxicidade medicamentosa
o
Todas as intervenções têm por finalidade manter o doente o mais autónomo possível face ao declínio
funcional progressivo
o
Ensinar o doente e a família sobre como controlar a rigidez
o
Promover actividades e exercícios que proporcionem a autonomia e reduzam o risco de lesão e
complicações
o
Incentivar o doente e a família a consultar um fisioterapeuta a fim de estabelecer um plano de
exercícios, inicial, e ensinar ao doente e à família exercícios de mobilização
o
Realizar massagens e alongamentos dos músculos e articulações para reduzir a rigidez
o

Ensinar estratégias para controlar problemas de marcha e evitar lesões durante a deambulação. Amarcha de pés afastados ajuda a manter o equilíbrio na deambulação. As mãos cruzadas, atrás dascostas, ao andar, podem ajudar o doente a manter a coluna erecta e compensar os problemas criadospelos braços, rígidos e pendentes, ao longo do corpo.

o
Acentuar a importância de uma postura correcta
o

Deitar-se em cama de colchão rígido, sem almofada, durante os períodos de repouso, pode ajudar aimpedir a flexão da coluna para a frente, o mesmo acontecendo se o doente se deitar em decúbitoventral, periodicamente

o
Utilizar dispositivos auxiliares, para prevenir lesões e dar apoio na mobilidade
o
Para atenuar os tremores o doente em repouso, pode prender um objecto com as mãos ou, quando
sentado, apoiar as mãos e fizer força nos braços da cadeira.
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Ajudar o doente e a família a avaliar o ambiente no domicílio quanto aos riscos inerentes a tapetes
espalhados, desordem ou má iluminação
o
Lembrar ao doente que deve mudar de posição frequentemente e evitar estar sentado na mesma
posição, por períodos longos
o
Doente e família necessitam de apoio e encorajamento constante, pois a sobrecarga inerente à
prestação de cuidados é enorme, e não pára de aumentar à medida que o estado do doente se agrava
o
Pode ser necessária intervenção farmacológica, e a família deve ser informada sobre esta complicação
da doença
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Controlar o peso semanalmente
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Avaliar disfagia e alterar dieta para facilitar a mastigação
o
Exercitar a deglutição e ingerir pequenas quantidades
o
Proporcionar um ambiente calmo e tempo suficiente para as refeições
o
Planear refeições pequenas e frequentes, se a fadiga constituir um problema durante as refeições
o
Evitar refeições ricas em proteínas aquando da administração da medicação
o
Não usar suplementos vitamínicos que contenham vitamina Be
o
Ingerir líquidos e fibras em quantidade suficiente para impedir obstipação
o
Usar panos macios para limpar a saliva
o
Controlar o padrão de eliminação
o
Recorrer a dieta, exercícios e líquidos para regularização, se possível
o
Usar emolientes de fezes, se necessário
o
Ter um urinol ou cadeira-sanita junto à cama
o
Actuar rapidamente em situação de urgência urinária e certificar-se de que a bexiga é esvaziada, pelo
menos, de 2 em 2 horas
o
Avaliar quanto a depressãoecomunicar a sua presença ao prestador de cuidados
o
Avaliar alterações no padrão de sono, pensamento desordenado e desenvolvimento de agitação, confusão ou
alucinações. Comunicar imediatamente estes sintomas
o
Exercitar a voz, regularmente, cantando ou lendo em voz alta
o
Tentar projectar a voz, e mudar a sua intensidade e o som
o
Consultar um terapeuta da fala, se os problemas vocais forem graves

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