HUMANIZAÇÃO

Cuidar de maneira humanizada é uma necessidade atual tendo em vista que, por muitas vezes, o cuidado acaba se tornando a aplicação de uma técnica de Enfermagem. E, perceber que o ser ao qual se aplica essas técnicas é um agente biopsicossocial é fundamental para humanizar.

Conseguindo respeitar o paciente apesar das rotinas, o enfermeiro caminha em direção a humanização, e cuidar de forma humanizada constitui-se um desafio.

Os enfermeiros citam situações em que as rotinas atrapalham suas ações, dificultando o respeito e a aplicação de princípios bioéticos, como: a rotina do banho de manhã, a alimentação com horário fixo, medicações em horários irrelevantes, que muitas vezes não é aquele que o paciente está habituado, ou não permitir a visita de mais de uma criança por vez. Porém, alguns não percebem que podem, às vezes, desrespeitar o paciente.

Com certeza o paciente/cliente, está num ambiente totalmente diferenciado, do que é o seu habitual, não entendem o porquê, e para que estas rotinas, deixando-os assim desconfortáveis.

Quando tratamos bem o cliente, agimos adequadamente. Esse ato envolve perceber as particularidades de cada Ser. Começando com identificar suas individualidades.

Se o paciente não gosta que você toque nele, você deve respeitar o que, acima de tudo, é importante para ele.

Ter esta percepção de individualidade é inevitável se quisermos respeitar e agir de maneira Humanizada.

Humanizar é isso, é você tentar individualizar sempre, e pensando que cada pessoa tem um hábito diferente do outro.

Cuidar de forma humanizada envolve agir segundo os princípios bioéticos. E, quando o enfermeiro a pratica, ele respeita o paciente. Entende que respeitar é ouvir o outro, ser atencioso, considerar a individualidade e subjetividade do Ser humano e tratá-lo com deferência.

O primeiro fator julga-se importante para conseguir praticar a teoria da humanização é a Comunicação. Comunicando-se adequadamente o enfermeiro conseguirá agir de maneira humanizada.

São pequenas coisas, pequeno gesto que você faz com que a humanização aconteça. Primeiramente a educação é essencial, falar: “Bom dia! Boa tarde, boa noite, como foi sua noite?”.

Entende que a comunicação adequada deve permear toda a assistência, desde os mínimos atos, que para nós (enfermeiros), poderá ser insignificante, para o paciente/cliente é significativo.

É uma simples punção venosa, mas às vezes a pessoa está tão nervosa, você não pode fazer como rotineiramente, tem que conversar, explicar o que vai fazer o porquê deste procedimento, e como será feito. Jamais devemos mentir, ou omitir, Se o paciente te pergunta se vai doer, nunca diga que não, se o procedimento será doloroso, converse, explique que a dor será suportada.

A comunicação Não-verbal, ou seja, aquela feita através de gestos, expressões faciais, postura corporal também contribui para que o enfermeiro consiga ser humanizado. Isto porque complementa o que é dito verbalmente, demonstra sentimentos, e facilita que o enfermeiro entenda melhor os anseios dos pacientes. Todos nossos gestos são percebidos pelo paciente.

Agir com empatia, respeito, humor, sorrir é um ato que, contribui para a humanização.

O enfermeiro, muitas vezes percebe a rotina hospitalar como fator dificultador na aplicação dos princípios bioéticos, e desta maneira, conseguir praticar a teoria do cuidado humanizado envolve quebrar as rotinas hospitalares.

Entender as rotinas desta maneira, como práticas que podem ser ajustadas conforme a necessidade do cliente mostra que o enfermeiro tem razoabilidade e flexibilidade. Alguns ainda tem dificuldade em agir desta maneira, talvez por não querer ser visto como o agente que "quebra as regras", por não estar disposto a ser procurado sempre que houver esta necessidade, ou ainda, por se constranger com essa situação.

Assim, percebe-se que alguns não têm a disposição de quebrar as rotinas, independente do motivo, o que pode dificultar seu agir respeitosamente.

Mas no cuidado humanizado precisamos muitas vezes quebrar as regras, não colocando em risco a saúde do ser cuidado, não trará malefícios.

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