Chinesa que matou autoridade depois de assédio é libertada

Deng Yujiao em um hospital de Badong

Deng Yujiao foi diagnosticada como portadora de um 'desequilíbrio mental'

Uma garçonete chinesa que matou uma autoridade local depois de um suposto caso de assédio sexual foi libertada pela Justiça da província de Hubei.

A Justiça local considerou Deng Yujiao, que trabalhava em um centro de lazer, culpada de agressão intencional. Mas a garçonete de 21 anos alegou ter agido em legítima defesa e foi libertada sem punição.

A jovem matou um homem, Deng Guida, e feriu outro, Huang Dezhi, com uma faca. Ela teria esfaqueado os dois depois de ter se recusado a entrar em uma banheira com eles no dia 10 de maio.

Os dois homens eram autoridades municipais do condado de Badong. A agência de notícias oficial da China, a Xinhua, citou um comunicado da polícia que afirma que os dois agarraram, empurraram e insultaram Deng Yujiao.

Inicialmente, a polícia tratou o caso como assassinato, mas o público chinês manifestou simpatia pela garçonete, discutindo o caso em fóruns na internet. A acusação foi, então, mudada para agressão.

'Defesa excessiva'

Depois de um julgamento que durou duas horas, a Justiça concluiu que Deng Yujiao agiu com "defesa excessiva" ao matar Deng Guida e ferir Huang Dezhi.

A revista de negócios chinesa Caijing afirmou que Deng Yujiao foi diagnosticada como portadora de um "desequilíbrio mental".

Este desequilíbrio foi citado como uma das razões de a Justiça ter libertado a garçonete sem condenação. Pelo menos 500 pessoas se reuniram em frente à corte para ouvir o veredicto.

Páginas chinesas na internet elogiaram Deng Yujiao, que foi considerada uma vítima, por lutar contra a injustiça - e poemas e canções de apoio à garçonete foram criados por simpatizantes da jovem.

O interesse do público pelo caso levou o governo local em Badong a divulgar um comunicado, também pela internet, prometendo uma audiência justa para o caso.

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