Nem tudo é perfeito

Na verdade, dentro dessa boa notícia se esconde um alerta: “Quem tem relações só de vez em quando – e menos do que gostaria – está mais sujeito a ter problemas emocionais”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do projeto sexualidade da Universidade de São Paulo (USP). Dependendo da maneira que a pessoa leva sua vida sexual, as vantagens físicas e psíquicas podem ser anuladas. Relações casuais e sem parceiro fixo, segundo os especialistas, aumentam a tensão e a expectativa. “As pessoas ficam estressadas imaginando se vai acontecer de novo e quando.”

É difícil controlar a ansiedade. A dica nesse caso é fácil de falar e um pouco mais complicada de seguir: amenizar a “neura” fazendo outras coisas que gastam energia ou são criativas. Fazer exercícios, estudar música ou pintura são opções.

Voltando àquela atividade realizada geralmente na horizontal, os benefícios estéticos são importantes. Mas o principal efeito do sexo não pode ser visto, apenas sentido. “Ter relações com freqüência ajuda a elevar a auto-estima”, afirma Carmita. Considerar-se linda, poderosa, sexy é ao mesmo tempo a causa e a conseqüência de um relacionamento “caliente”. E, se o tédio sexual anda atacando a dupla, um bom antídoto é justamente entrar no clima erótico. Transar ajuda a querer transar mais e melhor. Motivo: o tal estrógeno (aquele hormônio que entra em fase de produtividade crescente durante o ato) aumenta o desejo sexual feminino.


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