Artistas contemporâneos exploram corpo humano em obras polêmicas.





Os corpos reais plastificados que estão à mostra em SP já provocaram protestos.
Longe desta discussão, artistas contemporâneos usam o corpo humano como inspiração.


Apesar de "Corpo humano - real e fascinante", em cartaz na Oca, em São Paulo, ser uma exposição de caráter essencialmente educativo, como alega o próprio diretor, o médico americano Roy Glover, a versão que a originou e inspirou outras cópias que viajam o mundo foi criada pelo artista alemão Gunther von Hagens, na década de 90.

Von Hagens criou polêmica, inclusive religiosa, ao expor os corpos polimerizados com liberdade artística, montando-os de forma que imitassem grandes obras de arte. Muita gente não gostou da arte de Von Hagens, e a versão "light" da mostra, criada pelo médico Glover, acabou se tornando mais popular.

Se tem quem acredite que corpos humanos reais e arte não combinam, há muitos artistas que usam o corpo para se expressar - seja como suporte para seu trabalho, como o fazem os pintores de corpos e alguns tatuadores, seja como inspiração temática. O G1 selecionou cinco artistas contemporâneos, diferentes entre si, cujo trabalho gira em torno do corpo humano.

Foto: ReproduçãoUma das fiéis esculturas do australiano Ron Mueck (Foto: Reprodução)
Ron Mueck
Faz dez anos que o australiano Ron Mueck fez a primeira destas esculturas que, de tão detalhadas, só lhe rendem dois trabalhos por ano. Obcecado pela idéia de replicar seres humanos com perfeição, depois da morte do pai (a cópia do corpo dele foi seu trabalho de estréia), Mueck criou a mistura de materiais ideal para seu trabalho: silicone, fibra de vídeo, poliéster e resina acrílica, além de cabelo artificial - ele espeta pêlo por pêlo nos "corpos". Aqui, não há absolutamente resquício de corpo humano real, com exceção da aparência.




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