Idosos representam 17% do poder de compra do país

SÃO PAULO – Um estudo da GfK Brasil mostrou que os idosos já representam 17% do poder de compra no País. Além disso, 88% dos brasileiros acima de 60 anos possuem renda própria, segundo a empresa de pesquisa.

Isso mostra a crescente importância deste público no mercado consumidor. Segundo o diretor presidente da GfK, Paulo Carramenha, a maior expectativa de vida da população é uma das cinco tendências mundiais que influenciam o consumo.

“No Brasil essa tendência, que já começa a ser observada com atenção pelas indústrias do turismo, da saúde, da beleza, entre outras, também deverá pautar a indústria da tecnologia e do comércio eletrônico”, declarou.

Na Alemanha, dos mais de 34 milhões de internautas que fizeram compras on-line em 2009, 40% tinham idade entre 50 e 69 anos. Entre eles, 15,2 milhões compraram serviços de viagem e 7,9 milhões, produtos pessoais. Outros 14,9 milhões de idosos alemães compraram livros e 14,7 milhões, roupas.

Público de 18 milhões

Embora não haja um estudo específico como este para o público brasileiro, Carramenha afirma que é fundamental que as empresas comecem a enxergar esse nicho de mercado, que até 2020 alcançará 18 milhões de consumidores, segundo a estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“O fundamental é atentar para as especificidades desse público, que, ao envelhecer, adota novos hábitos, seja por necessidade física, seja por transformação de interesses”, disse Carramenha.

Outra pesquisa divulgada nesta semana pelo Instituto Somatório mostrou que 93% dos brasileiros com mais de 60 anos têm renda própria, embora apenas 22% ainda exerçam alguma atividade laboral remunerada.

Segundo a pesquisa, 69% das pessoas na terceira idade são as principais responsáveis pelo orçamento familiar. Na classe D, esse percentual chega a 77% e, na classe C, a 68%.

Consumo próprio

Os que vivem sozinhos são os que mais gastam com consumo próprio e bem-estar: as despesas com lazer fora de casa, por exemplo, ficam, em média, em R$ 157 por mês nos domicílios solitários (apenas um morador) e em R$ 119 nos chamados ninhos vazios (casais maduros sem filhos ou outros parentes).

Nos lares considerados ninho cheio (casais com filhos solteiros morando juntos) e multifamiliar (composto por mais de um núcleo familiar), os gastos mensais médios dessa categoria ficam em R$ 110 e R$ 108, respectivamente.

Despesas com alimentação fora de casa chegam a R$ 208 nos ninhos vazios, enquanto a média dos ninhos cheios é de R$ 150.

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Fonte: Por InfoMoney, InfoMoney, Atulizado: 14/4/2010.

http://dinheiro.br.msn.com/suascontas/artigo.aspx?page=0&cp-documentid=23869900

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