Ainda assim, Augusto Mendes reforça que a busca por medicamentos deve ser a última opção. "Eu sempre digo que o melhor Viagra é o diálogo. Às vezes a falta de libido pode ter uma causa lá no passado, na primeira relação da pessoa, talvez em uma incompreensão do homem sobre as necessidades da mulher, por exemplo. A terapia de casal vai cuidar dessas questões externas e internas que criam dificuldades e afetam a relação, a libido, o ânimo e o tesão entre os dois", explica.
A prova disso, segundo o psicólogo, é que mesmo com o uso de medicamentos, alguns casais continuam com as dificuldades. "Existem parceiros que fazem uso de hormônios e a situação fica na mesma, porque essa falta da libido tem muito mais a ver com a autoestima, com as insegurança, vergonha e timidez do que com um processo fisiológico", ressalta.
Problemas com o desejo sexual podem ter sua origem na própria cultura ou criação, já que a sexualidade feminina foi e ainda é vista como um tabu. Augusto explica: "Podem existir questões culturais envolvidas. Ou por uma criação repressora ou muito religiosa, em que tudo é feio e a mulher não pode fazer nada. Então essa pessoa acaba deixando de aproveitar e viver algumas coisas achando que é errado. Na terapia a gente faz uma revisão desses valores, mostra dados estatísticos, o que é certo, o que é errado etc. Em pleno século 21, tem mulher que não consegue se despir na frente do marido. Essas questões devem ser resolvidas".
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